Saturday, 14/12/2024 | 7:49 UTC-3
Falando de Gestão

Casas Bahia pede recuperação extrajudicial

Pedro Paulo Morales       Jornalista Digital

Pedro Paulo Morales
Jornalista Digital

Mais uma empresa do setor varejista pediu no dia 28 de abril, recuperação extrajudicial. Desta vez, foram as Casas Bahia, loja com mais de 50 anos de mercado, cujo fundador Samuel Klein começou o empreendimento vendendo panelas e outros utensílios nas ruas de São Caetano do Sul, São Paulo.

Suas dificuldades já eram conhecidas no mercado. Com dificuldades de fluxo de caixa e estoques altos, as Casas Bahia não tiveram alternativa senão renegociar as dívidas com bancos e fornecedores. A dívida da empresa é de R$ 4,1 bilhões, quase toda dividida em debêntures e CCBs (cédulas de crédito bancário) emitidas nos últimos anos, com vencimento até 2027.

 Com o reperfilamento, esses papéis serão consolidados em uma única nova debênture, com condições mais vantajosas para a empresa. Essa operação dará mais tempo para a empresa quitar suas obrigações. Os pagamentos iniciarão em 2026, mas atingirão volumes significativos só em 2029 e 2030.

Sendo assim, o Grupo Casas Bahia terá que partir para uma reestruturação mais agressiva, com diminuição de lojas e funcionários, a fim de se manter competitiva.

Enquanto a recuperação judicial é um procedimento que se dá no âmbito do Poder Judiciário, a recuperação extrajudicial é um procedimento que pode ser conduzido por particulares, sem a necessidade de intervenção judicial. Porém, muitas vezes fica difícil entender as diferenças entre esses dois tipos de execução.

Tudo dependerá de como os fornecedores, clientes e executivos vão reagir. Uma coisa é certa: o episódio das Casas Bahia é diferente das Lojas Americanas, pois está além de ter uma dívida 5 vezes maior ainda está envolta em práticas contábeis duvidosas.

Por enquanto, não há sinais de que a empresa irá enfrentar grandes dificuldades. Torcemos para isso!

 

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