Monday, 4/11/2024 | 2:24 UTC-3
Falando de Gestão

Employee Experience

Pedro Paulo Morales - Editor do Blog

Pedro Paulo Morales – Editor do Blog

Por Pedro Paulo Galindo Morales – Editor do Blog Falando de Gestão

Em um contexto em que o nível de emprego está melhorando e os trabalhadores estão buscando não somente salário, mas também qualidade de vida o conceito de Employee Experience (EX), em tradução livre Experiência do Empregado vem crescendo nas organizações.

O Employee Experience (EX) está longe de ser definida como uma nova maneira de fazer gestão de pessoas ou uso de tecnologias no setor de recursos humanos. O EX é muito mais do que isso, ele é como se fosse uma representação da trilha de uma pessoa em uma organização, desde o momento que ela faz a primeira entrevista de emprego até o momento de desligamento, onde através das experiências boas ou ruins o colaborador cria sua própria visão da empresa.

Até a década de 90 os profissionais desejavam fazer carreira em uma empresa, conheço muitos profissionais que entraram em uma empresa como estagiário e se aposentaram como diretores ou gerentes. Na década de 90 sonhava-se com empregos em empresas famosas, como Pão de Açúcar, Bayer, Nestlé, Rhodia e as demais grandes da época.

Lembro, que ainda adolescente meu pai comprava o aos domingos o jornal O Estado de São Paulo com o seu famoso caderno de empregos que trazia os anúncios de empregos em cores, com páginas inteiras, onde os logotipos de grandes empresas estampados faziam com que pessoas, mesmo empregadas sonhassem com bons empregos, um carro novo uma boa casa e muitas outras coisas. Naquela época o próprio anúncio de emprego já era uma experiência prazerosa, ser contratado então era uma vitória e o primeiro salário tinha um gostinho especial, tanto que há pessoas que até hoje guardam o primeiro contracheque ou o primeiro crachá.

As empresas da década de 90 tinha seus defeitos como falta de autonomia, uma hierarquia rígida e pouca participação dos empregados nas decisões, mas era um ambiente previsível onde os funcionários podiam crescer profissionalmente e tinham orgulho em vestir a camisa da empresa, diferente de hoje onde apesar de técnicas avançadas de gestão de pessoas e discursos de inclusão sempre se tem a sensação de que está faltando algo na trajetória profissional.

Por esse motivo as organizações devem aprender a tratar melhor seus colaboradores não apenas oferecendo um ambiente físico moderno, colorido e cheio de novidades como academia, bicicletas ergométricas ou pufes, mas sim também um clima organizacional onde esteja presente o respeito, harmonia e compreensão. Um ambiente que estimule o colaborador a achar um propósito para ele continuar dando o melhor de si, apresentando ideias e sugestões para a melhoria contínua da empresa.

Algumas ações podem colaborar com uma melhor experiência do funcionário na empresa. Atitudes como oferecer treinamento, plano de carreira, autonomia e feedbacks sinceros e construtivos podem ajudar a construir uma experiência positiva. Outras ações como benefícios extras, ganho por produtividade, assistência social e reconhecimentos com premiações também contribuem para que a experiência do empregado seja bem-sucedida na organização.

Para finalizar é muito importante que as organizações façam um mapeamento para saber como está a jornada do colaborador na empresa. Uma das técnicas mais conhecidas para mapear a jornada é a pesquisa de Clima organizacional que servira de parâmetro para determinar como está sendo a jornada do colaborador na organização.

É sempre bom lembrar que uma empresa para ter sucesso é preciso cuidar de seu capital financeiro e humano com o mesmo cuidado porque ambos não aguentam desaforo.

Vamos refletir e sucesso!

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