Falando de Gestão

O “apagão” de profissionais e o pagode sem graça

Pedro Paulo Morales 
     Jornalista Digital

Por Pedro Paulo Morales

No ano de 2019 já se falava em “apagão de mão de obra”. A expressão “apagão de mão de obra” é usada para indicar que a economia pode limitar seu crescimento por falta de pessoas qualificadas para o trabalho.

Segundo uma pesquisa feita pela empresa de recursos humanos Korn Ferry com executivos de empresas no País em 2019 e publicada no site Infomoney mostrava que, no ano de 2020, haveria um déficit de 1,8 milhão de pessoas para vagas mais especializadas nas áreas de relacionados ao desenvolvimento digital e tecnológico que envolvem profissões como como segurança da informação, cientista de dados, analista de marketing digital e de desenvolvimento de produtos tecnológicos.

Jean-Marc Laouchez, presidente do Korn Ferry Institute, responsável pelo estudo disse naquela época que “O Brasil vive uma severa carência de mão de obra especializada”.

De 2019 para hoje muita coisa mudou, em março do ano passado os efeitos da pandemia do corona vírus começou a ser sentida no nosso pais. A necessidade de isolamento social fez com que praticamente todo a economia parasse e juntamente com ela as universidades e escolas.

A partir de março de 2020 teve início o ensino através da modalidade remota já que não era aconselhável naquele momento o ensino presencial. As barreiras foram enormes como alunos e professores tendo que aprender a ter aula no formato online, problemas de falta de equipamentos adequados para gravação das aulas por parte dos professores e até falta de acesso a internet por parte dos alunos. Esse entrave ocorreu desde as primeiras series como os alunos de ensino médio e universidades chegando ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que teve o maior índice de abstenção da história um recorde de 55,3% de estudantes que não fizeram as provas.

Para 2021 o cenário continua desafiador, segundo uma análise publicada pelo site Sputniknews, João Werneck em seu artigo Geração perdida? o autor escreve que o fracasso do ENEM 2020 e o cancelamento em massa de matrículas nas universidades pode agravar mais ainda o problema de mão de obra qualificada no Brasil. Felipe Rosa, professor de física e vice-diretor do sindicato de docentes da UFRJ entende que o cancelamento de matrículas nas universidades pode gerar consequências graves para o mercado de trabalho, já que teremos um déficit de alunos formados e preparados para atuar no mercado de trabalho. “Quando terminar esse ciclo, isso será sentido e refletido na disposição de empresas virem para o Brasil” diz Felipe Rosa.

Essa mesma análise é feita Yduqs, dos maiores e mais inovadores players da educação no Brasil que tem sob seu guarda-chuva faculdades e universidades como Estácio, Ibmec, UniFanor, UniFBV, UniRuy, Faculdade Martha Falcão em um total de 20 instituições e mais de 700 mil alunos vem perdendo alunos por conta de cancelamento de matriculas, alta inadimplência e redução redução da oferta de financiamento público, pelo Fies tem levado a muitas faculdades e universidades a fecharem ou ficarem no prejuízo. O Grupo Yduqs identificou que em termos orgânicos, o número de alunos presenciais caiu 7,4% enquanto o EAD cresceu 50% porem identifica que 2021 será um ano tão duro quanto o de 2020.

Para especialista entre as principais causas de evasão universitária está a falta de perspectiva de melhora econômica a curto prazo, falta de financiamento do FIES , dificuldades em acompanhar o ensino online além da deterioração da situação econômica dos pais de alunos que enfrentam problemas como desemprego ou dificuldade em sua atividade empresarial.

A situação é grave, o Brasil corre o risco de ter seu crescimento econômico impactado por falta de profissionais qualificados. O que é mais grave de pessoas desmotivadas para o trabalho, da maneira que a educação é conduzida neste pais estamos criando uma Geração Perdida (P), de pessoas desalentadas e desesperançadas que sofrem com a maneira como temas como vacinação, educação, ajuda econômica estão sendo levadas nesse pais, a “pagode”. Esse pagode não tem graça nenhuma!

Material consultado:

Geração perdida? por João Werneck

‘Apagão’ de mão de obra no País pode limitar crescimento por InfoMoney

Analistas demonstram pessimismo com as perspectivas da Yduqs para 2021 por Ivan Ryngelblum

Pedro Paulo Galindo Morales é Graduado em Gestão, Especialista em Controladoria, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas,  Pós-Graduado em PSC –  Professional and Self Coaching (Coaching Pessoal e Profissional) e Técnico em Contabilidade. Atua também como Editor do Blog Falando de Gestão e Professor EAD www.falandodegestao.com.br , pedropaulomorales@yahoo.com.br

 

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Pedro Paulo Galindo Morales é Tecnólogo em Gestão, Pós- Graduado em Controladoria e Técnico em Contabilidade.

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