Pedro Paulo Morales
Jornalista Digital

Você já se deparou com aquela vaga de emprego dos sonhos, sentiu uma pontinha de esperança e enviou seu currículo com expectativa de uma resposta positiva? Mas, para sua surpresa, o silêncio ecoou e a vaga pareceu evaporar no ar. Se isso soa familiar, você pode ter esbarrado em uma “vaga fantasma”.

Segundo uma reportagem da BBC Brasil, a Revelio Labs, uma empresa de inteligência profissional dos EUA, revelou que mais da metade das ofertas de emprego em 2023 resultou em contratação para menos de 0,5% dos cargos anunciados. Ou seja, muitas dessas vagas permanecem abertas por tempo indeterminado, sem serem preenchidas.

Essa prática levanta questões éticas, já que manter vagas em aberto sem a real intenção de preenchê-las pode ser considerado desonesto. Alguns gestores e empresas parecem esperar encontrar o candidato perfeito, capaz de resolver todos os problemas da empresa em um passe de mágica, o que sabemos ser uma expectativa irreal.

A realidade é que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, e encontrar um emprego de qualidade pode ser desafiador. Práticas como as “vagas fantasmas” apenas contribuem para a frustração e desmotivação dos candidatos, em vez de oferecer esperança e oportunidades reais.

O fenômeno das “vagas fantasmas” também pode ser uma das causas por trás do tão comentado “apagão de mão de obra”. Em um cenário onde os candidatos enfrentam dificuldades para encontrar emprego e as empresas lutam para preencher suas demandas, é essencial que haja transparência e ética em todo o processo de recrutamento e seleção.

Portanto, ao se deparar com uma vaga que parece boa demais para ser verdadeira, é importante manter um olhar crítico e avaliar se vale a pena investir tempo e energia na candidatura. Enquanto isso, continuamos na busca por oportunidades reais e empresas que valorizam seus profissionais.

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