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Sudene autoriza pagamento de R$ 28,2 milhões do financiamento de parques de geração de energia solar no Ceará

Recursos são do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), um dos instrumentos de ação da Autarquia

Recife (PE) – A Diretoria Colegiada da Sudene autorizou o pagamento da sétima parcela do financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para três parques solares fotovoltaicos, instalados no município de Abaiara (CE). São eles o Lightsource Milagres I, II, III Geração de Energia S.A, que receberão um total de R$ 28,2 milhões. Essas unidades fazem parte do Complexo Solar do Milagres, de responsabilidade da Lightsource Bp, que contará com cinco unidades.

“O apoio dado pela Sudene para os projetos de energia renovável tem sido fundamental para ampliar a capacidade de geração de energia instalada no Brasil”, afirma o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Ele ressalta que o Nordeste é responsável por cerca de 83% da geração eólica e solar fotovoltaica do Brasil e grande parte das empresas se instalaram na região com recursos dos instrumentos de ação da Autarquia, como o FDNE e o FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste).

Os parques tiveram os projetos aprovados pela Diretoria Colegiada da Sudene em outubro de 2021. O complexo de geração de energia elétrica terá capacidade instalada de 210 MW (megawatts) e deve entrar em operação no próximo ano. No total, segundo a Coordenação-Geral de Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento da Sudene, o investimento previsto para os cinco parques é de R$ 782,65 milhões. A participação do FDNE é de R$ 422,95 milhões. Até o momento, a Sudene liberou um total de R$ 338,6 milhões do financiamento. Os parques Milagres IV e V receberam a sexta parcela em agosto deste ano.

O complexo solar, de responsabilidade da Lightsource Bp, vai gerar cerca de 800 empregos diretos e dois mil indiretos na fase de implantação. Quando estiver em operação, a estimativa é de que sejam 10 postos de trabalho diretos e 30 indiretos. O projeto Milagres vai gerar aproximadamente 460 mil MWh por ano, essa energia é suficiente para abastecer aproximadamente 212 mil residências. O Complexo se conectará ao Sistema Integrado Nacional (SIN), injetando energia limpa por meio do seccionamento de uma linha de transmissão de 230kV existente, de propriedade da Chesf, que conecta as subestações Milagres e Bom Nome.

O Banco do Brasil, instituição financeira responsável pela operação, informou que a Lightsource Bp vai desenvolver programas focados em práticas ambientais e no bem-estar das comunidades que vivem em torno do Complexo, com previsão de investimentos de R$ 2,3 milhões para a execução de programas de gestão, controle e educação ambiental, além do Investimento Social Privado (ISP), com ações voltadas para agricultura familiar, saneamento básico e capacitação profissional.

Por Andrea Pinheiro

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