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Coaching, liderança e comunicação: habilidades comportamentais são tão importantes quanto as técnicas

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Por Marcus Baptista*

Novas dinâmicas no cotidiano corporativo exigem que todos façam esforços para a adaptação e melhor fluidez no ambiente de trabalho — seja ele híbrido, presencial, ou no home office. Dado o cenário de mudanças e até incertezas, cabe aos líderes ainda mais empenho para entender as demandas de seus liderados e estimular uma atmosfera saudável para todos os colaboradores, incluindo a si mesmos. Mas, será que os gestores estão cientes da importância das habilidades comportamentais que são necessárias para liderar?

O estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho 2022, criado pela The School of Life, em parceria com a Robert Half, mapeou a influência da mente, emoções e pensamentos de pessoas dentro das organizações e como isso reflete nos negócios. A pesquisa, que ouviu 800 profissionais de diferentes regiões do País, sendo 620 líderes e 180 liderados, mostrou que há um conflito de percepções. Para 36% dos liderados, a habilidade que mais faz falta em seus líderes é dar apoio. Enquanto para os líderes, apenas 6% disseram que gostariam de desenvolver em si mesmos essa competência.

O problema reflete um outro grande entrave para as relações no trabalho e que, por consequência, impacta na saúde do ambiente corporativo: a comunicação. A própria pesquisa reitera isso, já que, para 32% dos líderes, essa é a habilidade que eles mais têm sentido falta em seus colaboradores.

É importante lembrar que, nesse contexto, a comunicação como uma habilidade socioemocional, não é apenas sobre falar. Ela engloba a capacidade de se fazer ouvir, e de transmitirmos mensagens fundamentais como os nossos valores, convicções e sentimentos. Há que se considerar também a arte de escutar, entender o que o outro nos tem a dizer. É o que chamamos de escuta ativa: presença para ouvir até o que não foi dito, primeiro ouvir e depois falar.

Sabemos que existe um grande problema nas organizações e precisamos propor alternativas para aparar arestas e tornar o trabalho um ambiente saudável e seguro. O coaching, por exemplo, pode ser um bom aliado para ajudar a estabelecer uma comunicação assertiva e estimular a empatia nos líderes. Essa abordagem proporciona uma parceria com os clientes, em um processo instigante e criativo que os inspira a maximizar seu potencial pessoal e profissional.

Além de apoiar o desenvolvimento de uma escuta ativa, o coaching deverá saber fazer boas perguntas, enfocar o autoconhecimento como principal agente de transformação. O pressuposto básico é a crença de que o cliente é o perito na sua vida e no seu trabalho, é criativo e tem todos os recursos para superar obstáculos e alcançar os objetivos que deseja. Ele não precisa de orientação ou aconselhamento, mas apenas de libertar o seu potencial pessoal e profissional e encontrar, por si mesmo, os melhores caminhos para conseguir o que deseja.

A duração dos processos de coaching podem variar de acordo com a necessidade e objetivos do cliente. Inclusive, é fundamental ter em mente que, por si só, ele não trará resultados milagrosos, rápidos e que não exijam muito empenho tanto do coach, quanto do cliente. O recomendado, na realidade, é fugir de promessas desse tipo.

Acredito na eficiência dessa ferramenta, que vai melhorar não só a comunicação entre lideranças e colaboradores, mas todo o fluxo das organizações. Estamos falando de feedbacks assertivos, conversas sinceras e produtivas e do acolhimento como ponto central para entender as demandas dos funcionários, humanizando as relações de trabalho. Do ponto de vista pedagógico, é mais simples treinar o profissional para que ele entenda sobre determinada ferramenta, software, etc., do que fazer com que ele aprenda a exercitar a empatia. Mas, é justamente essa capacidade que o torna único, humano e mais conectado com o outro.

*Marcus Baptista é vice-presidente do Conselho Deliberativo da International Coaching Federation (ICF) no Brasil, organização global sem fins lucrativos e principal organização global dedicada ao avanço da profissão de coaching. Fundada em 1995, está presente em mais de 140 países em todos os continentes e representa atualmente mais de 50.000 coaches profissionais associados. A entidade não é uma escola de coaches. Pelo contrário, não possui fins lucrativos, é de natureza associativa e não fornece serviços de coaching ou programas de formação em coaching ao mercado. Visa, portanto, tão somente, a aprimorar a atividade e seus profissionais ao redor do mundo

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