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Quais sequelas a pandemia deixou no mercado de trabalho?

Fernando Poziomczyk

Por Fernando Poziomczyk

As sequelas da Covid-19 ainda estão sendo sentidas pelo mercado, principalmente, com as muitas mudanças que vieram para ficar. Dentre tantos baques, os modelos de negócios e processos de contratação se tornaram alguns dos maiores empecilhos enfrentados até hoje, onde empresas dos mais diferentes portes e segmentos lutam por encontrar o candidato ideal perante seus objetivos. Uma missão complexa para o departamento de recursos humanos, que exigirá uma adaptação e transformação intensas para atrair e reter os melhores talentos para alavancar o crescimento do negócio.

De acordo com um levantamento compartilhado pela Infojobs, 84,1% das empresas afirmam estarem com mais dificuldade para contratar profissionais do que nos anos anteriores à pandemia. Em um primeiro momento, o dado pode soar estranho em meio ao desemprego no país, mas, na prática, reflete muito mais o aumento da procura por trabalhadores qualificados que consigam atender as necessidades dos consumidores e que estejam alinhados à cultura e valores da companhia.

A transformação se tornou palavra de ordem para os negócios nos últimos anos. Foi preciso se adaptar ao isolamento social, possibilitando que os times realizassem suas tarefas à distância com a mesma qualidade e produtividade do que na sede da empresa – e, para a surpresa de muitos, os resultados foram acima do esperado.

Segundo uma pesquisa feita pela Bare International, 70% dos profissionais que estão trabalhando hoje no modelo de home-office não gostariam de voltar ao presencial. Quando questionados, a grande maioria destacou o maior tempo disponível para outras atividades, comodidade ao evitar deslocamentos e conforto para desempenharem suas tarefas de casa.

É claro que cogitar essa viabilidade do trabalho à distância é um fator variável conforme a área de atuação da companhia. Por sua vez, não há como negar também que este se tornou um fator de peso decisivo para muitos profissionais atraídos pelos enormes benefícios que esse modelo traz para suas rotinas. Agora, eles estão mais seletivos quanto as vagas que aceitarão, e não há opção a não ser considerar essa preferência para atrair esses talentos e retê-los para um desempenho excepcional.

A nova dinâmica de mercado que teremos daqui para frente será completamente pautada não apenas nessa capacidade de adaptação dos empresários, como principalmente sua visão de futuro em antecipar tendências. E, aqui, novamente, a pandemia é o melhor exemplo que podemos utilizar, afinal, eram poucos os negócios que dispunham de um plano de contingência para momentos de crise como o que vivenciamos – estando devidamente preparados para lidar com surpresas que os obrigassem a readaptar seu modelo de negócios à distância.

Na prática, essa crise apenas acelerou um movimento que já estava sendo observado no que diz respeito à digitalização dos negócios, em concordância com a maior preferência dos consumidores com este universo digital. Todas as estratégias corporativas serão motivadas pelos hábitos dos clientes e, para acompanhá-los com êxito, será preciso contar com pessoas qualificadas e preparadas para lidar com esse cenário.

A luta por conquistar a preferência destes talentos se intensifica cada vez mais, elevando a concorrência entre os contratantes aliado à oferta do que eles estão buscando em uma oportunidade de emprego. Não há uma fórmula mágica para se destacar, uma vez que essa é uma dinâmica que apenas funciona na base da tentativa e do erro. Por isso, é preciso sempre se atentar ao que há de novo no mercado, incorporando ações que engajem e retenham esses profissionais qualificados.

Sempre existirá uma movimentação constante por inovação e estratégias que diferenciem o negócio frente a seus concorrentes. E, as empresas que conseguirem ter essa visão futura estarão mais preparadas para lidar com cenários de instabilidade, se adaptando às demandas que surgirem e, acima de tudo, contando com times qualificados para comandarem essas operações rumo ao sucesso do empreendimento.

Fernando Poziomczyk é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Sobre a Wide:

https://wide.works/

Com mais de 30 anos somados de recrutamento especializado e mais de 20 mil entrevistas realizadas, o propósito da Wide, empresa de recrutamento e seleção de alta gerência, é construir legados, seja o das empresas contratantes, o dos candidatos e o seu próprio.

 

 

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