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Pesquisa Revela que 64,4% dos Profissionais Sentem que a Qualidade de Vida Piorou ao Retornar ao Trabalho Presencial

A importância da comunicação

Um estudo conduzido pela Infojobs em parceria com o Grupo TopRH revelou que a transição de volta ao modelo de trabalho presencial impactou melhorias na qualidade de vida para a maioria dos profissionais. Dos entrevistados que anteriormente desfrutaram do home office e tiveram que retornar ao ambiente de escritório, 64,4% afirmam que a mudança ocorreu em uma flexibilidade na qualidade de vida.

A pesquisa destacou que a percepção de produtividade também foi afetada, com 58,3% dos participantes relatando que se sentem menos produtivos ao final de um dia de trabalho presencial. Em contrapartida, apenas 21,3% afirmaram sentir-se mais produtivos nessas situações.

Um aspecto crítico abordado pelo estudo é a falta de ações proativas por parte do setor de Recursos Humanos (RH) das empresas para gerenciar essa transição. Cerca de 73,9% dos entrevistados alegaram que o RH de suas organizações não implementou ações externas para uma melhor gestão e engajamento durante esse processo de retorno ao presencial.

Daniel Consani, CEO do Grupo TopRH, comentou sobre o desafio que os departamentos de RH enfrentam, enfatizando a importância de alinhar as diretrizes de gestão organizacional com as expectativas e necessidades dos colaboradores. Ele destaca que muitas empresas estão ansiosas para retornar ao modelo pré-pandêmico, sem consultar claramente as preferências dos funcionários.

Nos casos em que ações foram renovadas, as iniciativas mais destacadas foram horários flexíveis (23,1%), ações voltadas para o bem-estar e saúde mental (21,8%), e restauração do ambiente de escritório (18,4% ).

Ana Paula Prado, CEO da Infojobs, enfatiza que o foco deveria ser o equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional, além da criação de iniciativas que promovam o engajamento, como treinamentos para o desenvolvimento e interação dos colaboradores.

A pesquisa também revelou que, em 78,5% dos casos, as empresas não consultaram a opinião dos colaboradores antes de decidir pelo retorno ao modelo de trabalho presencial ou híbrido. Com relação aos formatos de trabalho, 47,2% trabalham no modelo 100% presencial, 33,2% no modelo híbrido e 19,5% atuam de forma 100% remota.

Diante desse cenário, 58,4% dos participantes expressaram o desejo de ter mais dias de trabalho remoto e menos presenciais. Além disso, 85,3% afirmaram que aceitariam uma proposta de trabalho que oferecesse mais dias de home office.

A pesquisa destaca a importância de uma abordagem mais flexível e orientada para o bem-estar dos colaboradores, considerando as mudanças culturais permitidas para acomodar os novos modelos de trabalho. Em termos culturais, os entrevistados apontaram questões como reuniões ocasionais (18,6%), liderança pouco qualificada para a gestão remota (14,2%), e liderança tóxica (12%) como áreas de preocupação.

Diante desse cenário, o desafio para os departamentos de RH é equilibrar as necessidades coletivas e individuais, criando políticas que tornem uma transição mais confortável para todos os envolvidos. A retenção de talentos, atualmente, exige uma abordagem estratégica e atenta às necessidades e expectativas dos profissionais.

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