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Duralex: A louça que nunca se quebra, quebrou
1 de outubro de 2020Será a queda de 60% no faturamento foi provocada pela pandemia de COVID 19 alterou mais um hábito do cliente.
Quem não tem em casa ao menos uma xicara ou prato de cor marrom que é difícil de quebrar? Algumas dessas xicaras clássicas, produzidas com vidro temperado são capazes de atravessar décadas dentro de uma casa, algumas resistem a casamentos desfeitos e acompanham pessoas durante anos de sua vida.
O que parecia improvável aconteceu a Duralex empresa francesa de 75 anos que produz as loucas inquebráveis entrou em processo de recuperação judicial.
Segundo divulgado pela direção da própria empresa o motivo foi a diminuição das exportações em 80% devido a pandemia do coronavírus o que ocasionou uma perda de 60% no seu faturamento e sérios problemas de fluxo de caixa. A empresa também vinha enfrentando problemas de caixa desde que precisou reduzir sua produção devido a problema em um forno ocorrido em 2017.
A empresa nasceu na França em 1945 ano do fim da Segunda Guerra Mundial, pelo grupo industrial Saint-Gobain que em 1939 havia lançado a técnica do vidro temperado. O seu nome foi inspirado na frase “Dura lex, sed lex” uma expressão em latim cujo significado em português é “[a] lei [é] dura, porém [é a] lei” justamente para mostrar a resistência de seus produtos e a durabilidade através dos tempos.
O auge de seus pratos, xicaras e copos aconteceu nas décadas de 60 e 70 onde as louças Duralex eram símbolos de qualidade e eram itens obrigatórios em cozinhas modernas, toda dona de casa queria ter a “louça inquebrável. No auge na cidade de La Chapelle-Saint-Mesmin a empresa chegou a empregar na França cerca 1.500 pessoas em sua fábrica que não parava nem de dia e nem de noite, 7 dias por semana. Em 1997, o Grupo Saint-Gobain decidiu vender a divisão de louças de vidro a um grupo italiano. Desde então a Duralex passou por diversos donos e enfrentou várias crises, mas sempre se recuperou. Atualmente a empresa pertence a um empresário turco e emprega pouco mais de 240 pessoas.
No Brasil a marca foi adquirida pelo Grupo Nadir Figueiredo em 2011 quando adquiriu a divisão de UD- Utilidades Domésticas da Santa Marina controlada pelo grupo francês Saint-Gobain desde 1960 quando adquiriu a vidraçaria fundada em 1896 pelos empresários Elias Fausto Pacheco Jordão e Antônio da Silva Prado. Segundo informações da Nadir Figueiredo os produtos Duralex não sofrerão interferências com a possível falência da Duralex internacional.
Agora a empresa francesa será tutelada e observada por seis meses pelo Tribunal de Comércio de Orleans. Nesse tempo veremos se realmente a Duralex nunca se quebra ou será mais uma empresa que sucumbirá frente a crise provocada pelo novo coronavirus.
Fica aqui uma reflexão, mesmo com todo sucesso do produto que nunca se quebra o grupo industrial Saint-Gobain tenha decidido sair da atividade de louças de vidro em 1997 ao perceber que a concorrência de mercado estava aumentando com a entrada de produtos mais modernos ou entendeu que a linha de produtos que nunca se quebram não poderia ser renovada com tanta frequência justamente porque já nasceu grande.
Será a queda de 60% no faturamento foi provocada pela pandemia de COVID 19 que alterou mais um hábito do cliente que apreenderá que em um piscar de olhos tudo pode se transformar ou quebrar!
Vamos refletir e sucesso!
Pedro Paulo Galindo Morales é Graduado em Gestão, Especialista em Controladoria, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, Pós-Graduado em PSC – Professional and Self Coaching (Coaching Pessoal e Profissional) e Técnico em Contabilidade. Atua também como Editor do Blog Falando de Gestão e Professor EAD www.falandodegestao.com.br , pedropaulomorales@yahoo.com.br
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