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“Employer branding”: como manter um ambiente de trabalho positivo para colaboradores

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Entenda o conceito e a prática da tendência apontada por profissionais de RH para as empresas em 2023

employer branding deve ser uma das prioridades das empresas em 2023, segundo apontamento de profissionais de Recursos Humanos. O conceito pode ser compreendido como um conjunto de práticas capaz de promover uma experiência positiva aos funcionários, o que propicia bem-estar e contribui para a retenção de talentos.

A informação é do estudo realizado pela Gartner, que ouviu 800 lideranças do setor de Recursos Humanos. De acordo com os entrevistados, apesar da importância de priorizar a experiência dos funcionários, boa parte das organizações (44%) ainda não está preparada para isso. O dado alerta para a necessidade de uma compreensão mais aprofundada sobre o que é o employer branding e como aplicá-lo no dia a dia das empresas.

Atenta a esta demanda, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) discutiu o assunto durante a última edição do Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (Conarh), realizado no ano passado, em São Paulo.

Durante a palestra de abertura do evento, a criadora do Future of Now e líder da Forbes, Elatia Abate, explicou que em meio aos avanços da tecnologia e da digitalização, as organizações devem olhar para as pessoas. Ela destacou, ainda, a importância de se ater à saúde mental dos trabalhadores no período pós-pandemia da Covid-19.

Employer branding no dia a dia

A expressão “employer branding” pode ser traduzida para o português como “reputação do empregador”. Na prática, a ideia é construir e manter uma imagem positiva da organização para o público interno, que é a equipe de trabalho.

Adotar medidas que assegurem o bem-estar físico e mental dos profissionais é o principal pilar do employer branding. Empresas que consolidam essa proposta colhem os resultados de manter uma equipe motivada e engajada.

Levantamento feito pela HSM Management em parceria com a empresa especialista em cuidado emocional corporativo, Zenklub, elencou 12 organizações que têm iniciativas para promover o bem-estar no ambiente de trabalho. As propostas e os resultados obtidos pelas empresas foram apresentados no e-book “Pandemia, diversidade e inclusão”.

Entre as organizações citadas está a Experta, empresa de comunicação e estratégia de conteúdo, que inclui pessoas diversas desde sua fundação, em 2019. A COO Viviane Camargos explica que o employer branding tem sido praticado no intuito de oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento e o empoderamento dos funcionários. “A Experta, desde o seu nascimento, tem como uma das premissas a inclusão de pessoas minorizadas, especialmente mulheres.”

De acordo com Viviane, na hora da contratação são priorizadas mulheres negras, LGBTQIA+, mães de crianças pequenas e quem enfrenta outras barreiras no mercado de trabalho, como o etarismo. “São pessoas que vêm de uma trajetória na qual as oportunidades são sistematicamente negadas”, avalia. “Assumimos o compromisso de incluí-las e, para isso, devemos estar atentas às suas necessidades. Incluir por incluir não basta.”

Dentre as medidas estabelecidas pela Experta estão o regime de trabalho 100% remoto com horário flexível e jornada reduzida de 30 horas semanais. Além disso, a empresa oferece treinamentos semanais e curso de inglês gratuito para a equipe. “Se incluir é compromisso, a gente tem que cuidar do processo todo, que começa lá no anúncio da vaga. E isso continua acompanhando a pessoa dentro do ambiente de trabalho”, afirma Viviane.

Motivação, engajamento e produtividade

A jornalista Heloísa Aguieiras, 56 anos, conta como as medidas de employer branding adotadas pela Experta contribuem para o seu desenvolvimento. “É uma oportunidade para que eu me mantenha atualizada em relação a todos os conceitos de minha profissão. Também estou tendo a chance de estudar inglês pela primeira vez.”

Para ela, as condições oferecidas pela Experta são bem diferentes do que é tradicionalmente visto no mercado de trabalho. “Por ser mulher, encontro mais dificuldades pela desigualdade de gênero. Além disso, as empresas são etaristas e, no geral, eliminam do quadro de colaboradores pessoas com mais de 40 anos.”

Segundo Heloísa, o home office, a jornada reduzida e o horário flexível também são facilitadores para conciliar a profissão e a vida pessoal, na qual mantém uma rotina de cuidados com a mãe de 92 anos.

A possibilidade de conciliar a maternidade e a profissão também é apontada como um diferencial motivacional para Thaís Naegele, 38 anos, membro da equipe de Sucesso do Cliente da empresa. “As práticas adotadas pela Experta me permitem entregar o meu trabalho, cuidar da minha filha e tratar de assuntos pessoais que, muitas vezes, em horários convencionais, são deixados para trás.”

Na avaliação de Thaís, as ações contribuem para o bem-estar dos funcionários. “O ambiente é amigável, sempre muito respeitoso, com pessoas escolhidas a dedo para uma boa convivência”, ressalta. “Hoje eu me sinto valorizada, muito mais produtiva e sem estar sobrecarregada, pois montei meus horários de trabalho de acordo com meu dia a dia.”

Os números também mostram a eficiência de um ambiente de trabalho que preza pela experiência dos funcionários. Em meio à pandemia da Covid-19, a empresa aumentou em 900% o número de clientes e em 300% o faturamento. Viviane pontua que uma equipe diversa rende um ambiente de alta performance e propício à inovação. “As empresas precisam entender que inclusão não é filantropia. Diversidade é potência”, finaliza.

Fonte: Expetamídia

 

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