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A contribuição de Henry Ford para a Administração Moderna

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Por Pedro Paulo Morales

Henry Ford (1863-1947) é amplamente reconhecido como uma figura proeminente no mundo da administração moderna. Começando como um simples mecânico, ele ascendeu ao cargo de engenheiro-chefe em uma fábrica. No entanto, seu maior feito foi fundar a Ford Motor Company, cujo sucesso mais notável foi o Ford Modelo T, conhecido no Brasil como Ford de Bigode. Este veículo revolucionou a indústria automobilística, sendo produzido por 19 anos entre 1908 e 1927. O Modelo T era confiável, robusto, seguro e, principalmente, acessível, tornando-se acessível para uma ampla gama de consumidores.

Em 1913, a fábrica já produzia 800 carros por dia, graças à implementação da linha de montagem. Ford introduziu um sistema de esteira, onde cada operário realizava uma tarefa específica, aumentando significativamente a produtividade. Um carro ficava pronto a cada 98 minutos, marcando o início da produção em série na indústria automobilística. Em 1926, a empresa possuía 88 fábricas e produzia 2 milhões de carros por ano.

Além de suas contribuições para a produção em massa, Ford também teve outras realizações notáveis:

  1. Criou uma extensa rede de assistência técnica.
  2. Em 1914, compartilhou parte do controle acionário da empresa com os funcionários.
  3. Estabeleceu uma jornada de trabalho de 8 horas e um salário mínimo de US$ 5,00 por dia.
  4. Utilizou um sistema de integração horizontal e vertical, controlando desde a matéria-prima até a distribuição através de agências próprias.

Ford também adotou três princípios básicos em sua carreira empresarial:

  1. Princípio de intensificação: foco na redução do tempo de produção e na rápida colocação do produto no mercado.
  2. Princípio de economicidade: minimização dos estoques de matéria-prima em transformação para recuperar rapidamente os custos.
  3. Princípio de produtividade: aumento da capacidade de produção por meio da especialização e aumento da produtividade do trabalhador.

A partir da década de 1970, a doutrina de Ford ou Fordismo como se referem alguns autores , passou por uma revisão com o advento do pós-fordismo. Esse novo modelo enfatizava a flexibilização das relações de trabalho e de consumo, enquanto as empresas buscavam mercados externos e adotavam o conceito de “just in time”, produzindo de forma rápida e eficiente para atender às demandas do mercado sem manter grandes estoques. O toyotismo é frequentemente considerado um dos principais exemplos do pós-fordismo.

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