Medição do ROI em comunidades internas: parâmetros para um RH estratégico

*Por Jen Medeiros

No dia a dia das empresas, a colaboração deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade. Com isso, as comunidades corporativas ganharam força como uma forma prática e eficiente de fortalecer a cultura organizacional, estimular a troca de experiências e gerar resultados mais consistentes. No entanto, ainda persiste um questionamento recorrente nas esferas executivas: como mensurar o retorno sobre investimento (ROI) dessas comunidades e quais são, de fato, os ganhos tangíveis que elas proporcionam? A resposta passa por entender que, embora muitas vezes associadas a benefícios intangíveis, como engajamento e sentimento de pertencimento, essas comunidades geram impactos concretos, diretos e mensuráveis no negócio.

Estudos realizados por instituições como a Deloitte e a McKinsey apontam que empresas que fomentam ambientes colaborativos e mantêm comunidades internas bem estruturadas podem ter um aumento de até 25% na produtividade de seus colaboradores. Isso acontece porque a circulação do conhecimento, quando organizada e acessível, reduz retrabalhos, acelera processos e diminui gargalos operacionais. Dados do relatório The Value of Community, da FeverBee, mostram que empresas que investem no fortalecimento de suas comunidades, conseguem reduzir custos operacionais em até 20%, especialmente na área de suporte e desenvolvimento interno, graças ao compartilhamento de boas práticas e soluções entre os membros.

Quando analisamos o ROI dessas iniciativas, é essencial considerar três pilares principais: aumento da eficiência operacional, aceleração da inovação e retenção de talentos. No primeiro, percebe-se uma economia significativa em horas de trabalho, uma vez que as comunidades funcionam como hubs de soluções rápidas, diminuindo o tempo de resolução de problemas e de desenvolvimento de projetos. A IBM, por exemplo, reportou uma economia de mais de US$100 milhões ao ano graças às suas comunidades internas de prática, que permitem que especialistas compartilhem soluções técnicas, evitando desperdícios e otimizando recursos.

No segundo pilar, o impacto na inovação é evidente. Empresas com comunidades ativas aceleram o ciclo de desenvolvimento de novos produtos e serviços, pois conseguem mobilizar rapidamente conhecimentos dispersos dentro da organização. A 3M, conhecida por seu histórico de inovação, utiliza comunidades corporativas para conectar colaboradores de diferentes áreas e países, promovendo sinergias que resultaram em lançamentos mais ágeis e competitivos no mercado. Esse modelo contribui diretamente para ganhos financeiros, tanto pela geração de novas receitas quanto pela mitigação de riscos no desenvolvimento.

Por fim, a retenção de talentos também se traduz em ganho financeiro concreto. Dados da Gallup indicam que empresas com altos índices de engajamento, apresentam 59% menos rotatividade de funcionários. Considerando que o custo médio de substituição de um colaborador pode chegar a 1,5 vezes o seu salário anual, segundo levantamento da SHRM (Society for Human Resource Management), a economia gerada pela redução no turnover é expressiva. Colaboradores que também participam ativamente de comunidades corporativas tendem a desenvolver mais rapidamente competências técnicas e comportamentais, o que se reflete em uma força de trabalho mais qualificada e alinhada aos objetivos estratégicos da empresa.

Medir o ROI das comunidades internas exige, portanto, uma combinação de métricas quantitativas e qualitativas, que vão desde a redução de custos operacionais até o impacto em KPIs estratégicos como tempo de desenvolvimento, satisfação dos colaboradores e índice de retenção. Empresas que conseguem estruturar esses indicadores percebem rapidamente que o investimento em comunidades é uma alavanca poderosa de geração de valor tangível para o negócio.

*Jen Medeiros é CEO da comuh, empresa especializada na gestão de comunidades e ecossistemas de negócios. Palestrante e especialista na criação e gestão estratégica de comunidades com 15 anos de experiência. Criadora e host do Community Playbook, um Podcast de aplicações reais, atuais e futuras de estratégia de comunidades. É professora da Descola e da Escola Britânica de Artes Criativas e Diretora do CMX Connect São Paulo, uma instituição internacional que promove o desenvolvimento da indústria de comunidades. Top 3 do prêmio Community Industry Awards 2024 como melhor profissional de comunidades B2B, e fellow no programa On Deck Community Builders.

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Saúde Mental no Trabalho: Um Compromisso que Não Pode Mais Esperar

Por Pedro Paulo Morales

O cuidado com a saúde mental é urgente. Empresas devem priorizar ações concretas para ambientes mais humanos e empáticos.

Falar sobre saúde mental no ambiente de trabalho deixou de ser um tema complementar para se tornar uma urgência — uma necessidade real, que bate à porta de empresas e profissionais todos os dias. A atualização da NR-01 sinaliza algo maior do que uma mudança técnica: é um chamado para uma nova forma de olhar para as pessoas.

O aumento de 68% nos afastamentos por transtornos mentais em 2024 não é só um dado frio. É um grito silencioso de milhares de trabalhadores que não conseguem mais lidar com a pressão, a falta de apoio e a ausência de empatia. E diante disso, o papel das organizações é claro: ou enfrentamos essa realidade com ações concretas, ou continuaremos enxugando gelo, fingindo normalidade enquanto vidas se desfazem em silêncio.

Mapear riscos psicossociais, capacitar lideranças e criar canais de escuta são passos importantes. Mas a grande virada está mesmo na cultura organizacional. Aquela cultura que valoriza o humano antes do número. Que entende que, por trás de cada meta, existe uma pessoa com sentimentos, limites e histórias.

É preciso, sim, repensar os modelos de gestão que pressionam demais, que sobrecarregam, que apagam incêndios todos os dias sem olhar para quem está se queimando. Um erro operacional não pode ser motivo para desestabilizar emocionalmente uma equipe. A cobrança desenfreada adoece. E adoece de um jeito que não se vê de imediato — mas que mina a produtividade, o engajamento e a vida.

Cultura, arte, esporte, lazer — tudo isso precisa voltar a fazer parte da rotina do trabalhador. Não apenas como “brindes corporativos”, mas como estratégia real de cuidado. Já tivemos espaços de convivência mais humanos, empresas que entendiam que bem-estar vai muito além da cadeira ergonômica. Precisamos retomar esse caminho. Porque custa menos investir em saúde do que pagar a conta da doença.

Não dá mais para tratarmos a saúde mental como algo pontual, restrito a campanhas mensais ou palestras vazias. O cuidado precisa ser constante, mensurável e, acima de tudo, sincero. E os líderes têm um papel fundamental nisso: não como chefes, mas como apoiadores e facilitadores de um ambiente emocionalmente seguro.

Falar de saúde mental é falar de produtividade, de engajamento, de resultado. Mas, acima de tudo, é falar de gente. Gente que precisa ser ouvida, cuidada e valorizada. Essa é a pauta que deve continuar no centro das discussões de RH, não por tendência, mas por necessidade.

Vamos refletir e sucesso!

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Priorizar a saúde mental no ambiente corporativo é essencial. Empresas devem adotar estratégias como mapeamento de riscos, liderança empática e promoção de uma cultura organizacional humana. 
Investir no bem-estar emocional aumenta produtividade e engajamento, enquanto reduz afastamentos por transtornos mentais, que cresceram 68% em 2024. Cuidado constante é indispensável.

Casa dos Ventos lidera projeto de data center em Caucaia

Empreendimento promete transformar a Região Metropolitana de Fortaleza

O projeto de um Data Center em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, liderado pela Casa dos Ventos, promete gerar cerca de 15 mil empregos durante a primeira fase da construção. Com previsão de início das obras no segundo semestre de 2025 e operações a partir de 2027, o empreendimento atraiu o interesse de gigantes como ByteDance, Google, Amazon e Apple.

Inovação e tecnologia em 13 hectares

Localizado em uma área de 13 hectares, o projeto prevê a integração de múltiplos edifícios com unidades de processamento e armazenamento de dados. A infraestrutura incluirá sistemas de refrigeração, distribuição de energia e segurança, entre outros.

Atualmente, o projeto está na fase de planejamento técnico, aguardando licenciamento ambiental e a obtenção do alvará de construção.

Investimento no futuro digital

O município está investindo na melhoria da infraestrutura local e na formação técnica para preparar os jovens para o mercado de trabalho digital. Esta iniciativa reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável e tecnológico da região.

Os 7 principais erros na criação de materiais de educação digital — e como evitá-los*

A educação digital deixou de ser tendência para se tornar uma demanda estratégica nas empresas. Mas mesmo com o avanço das plataformas e da tecnologia, ainda vemos muitos erros básicos sendo cometidos na hora de criar conteúdos de aprendizagem para o ambiente digital. São falhas que comprometem o engajamento dos colaboradores, reduzem a efetividade dos treinamentos e, no fim das contas, afastam a área de treinamento dos objetivos de negócio.

A seguir, compartilho os erros mais recorrentes que identificamos e como evitá-los com soluções práticas:

1. Falta de engajamento do público
Um dos principais desafios das empresas é fazer com que os colaboradores realmente queiram participar dos treinamentos. Muitas vezes, os conteúdos são longos, genéricos ou mal contextualizados.

Como evitar: comece pelo colaborador. Use narrativas que façam sentido no dia a dia dele, invista em microlearning, gamificação e recursos visuais dinâmicos. E principalmente: mostre logo no início do conteúdo o “porquê” e o “pra quê” daquele treinamento. Sem propósito, não há engajamento.

2. Ausência de adesão da liderança
Sem o apoio visível dos gestores, o aprendizado perde prioridade e vira apenas uma tarefa a ser cumprida.

Como evitar: envolva a liderança desde o início, desde o diagnóstico até o lançamento dos treinamentos. Mostre como o conteúdo pode impactar os indicadores do time e ofereça dados sobre o progresso. Quando o líder valoriza a aprendizagem, o time segue o exemplo.

3. Linguagem inadequada ao público-alvo
O erro aqui é criar um conteúdo com “cara de manual técnico” ou, ao contrário, informal demais para públicos que exigem mais sobriedade.

Como evitar: adapte à linguagem ao perfil da sua audiência. Se o público for operacional, vá direto ao ponto com exemplos práticos. Se for estratégico, conecte os temas à tomada de decisão e tendências do setor. Personalização é o caminho.

4. PowerPoint mal adaptado para o digital
A tentação de transformar uma apresentação em um curso é grande. Mas o que funciona em uma reunião não funciona necessariamente em uma plataforma de aprendizagem.

Como evitar: fuja do “Ctrl+C, Ctrl+V” de slides. Reestruture o conteúdo com foco em narrativa, interatividade e fluidez visual. Aposte em storytelling para dar ritmo e contexto à jornada do aprendizado. Recursos como vídeos curtos, quizzes, simulações e trilhas gamificadas tornam a experiência mais dinâmica e eficiente. O digital exige uma nova lógica de construção — mais narrativa, menos leitura passiva.

5. Baixa didática no conteúdo
Outro erro comum é subestimar o papel da didática em ambientes digitais. Às vezes, o conteúdo até é bonito, mas não ensina nada.

Como evitar: conte com especialistas em design instrucional. Eles garantem que o conteúdo siga uma progressão lógica, conecte teoria à prática e promova retenção do conhecimento.

6. Falta de alinhamento com a estratégia do negócio
Treinamentos que não dialogam com os desafios reais da empresa rapidamente se tornam obsoletos ou irrelevantes.

Como evitar: a área de treinamento precisa atuar de forma consultiva, entendendo os objetivos estratégicos e ajudando a impulsioná-los por meio da aprendizagem. Todo conteúdo precisa responder à pergunta: “como isso ajuda minha empresa a crescer”?

7. Interatividade insuficiente
Treinamentos passivos — em que o colaborador só assiste ou lê — têm menos retenção e menor adesão.

Como evitar: use recursos como quizzes, simulações de decisão, vídeos interativos e realidade aumentada. O participante precisa se sentir parte do processo, não apenas um espectador.

Tenho visto que empresas que acertam nesses pontos conseguem resultados concretos: mais engajamento, mais aprendizado aplicado e maior impacto nos indicadores de negócio. A educação digital é uma ponte entre o agora e o futuro — desde que seja feita com estratégia, método e foco no usuário.
 

*Luiz Alexandre Castanha, administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro “Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning. Mais informações no site.

GEQ abre inscrições para Programa de Estágio

O Grupo empresarial responsável pelas marcas Nacional Gás, Minalba Brasil, Esmaltec e Sistema Verdes Mares está com 42 vagas abertas para atuação nas cidades de Fortaleza, Maracanaú e Horizonte, no Ceará, além de oportunidades no escritório em São Paulo
 

Fortaleza, junho de 2025 – O GEQ (Grupo Edson Queiroz), holding multissetorial que reúne marcas como Nacional Gás, Minalba Brasil, Esmaltec e Sistema Verdes Mares, abriu as inscrições para o Programa de Estágio GEQ 2025. Voltado à formação de novos talentos com visão inovadora e interesse por desafios, o programa oferece 42 vagas presenciais nas cidades de Fortaleza, Maracanaú e Horizonte (CE), além de oportunidades no escritório da companhia em São Paulo. As inscrições ficam abertas de 17/06 de 12/07.
 

Podem se candidatar ao programa, estudantes universitários a partir do 3º semestre. É necessário ter conhecimento intermediário em informática, e em inglês é considerado um diferencial. Os aprovados terão uma jornada de 24 meses, com início previsto para a primeira semana de setembro. Ao final do período, os candidatos com melhor desempenho poderão ser efetivados em uma das empresas do grupo.

Além da bolsa, os estagiários contarão com um pacote de benefícios que inclui o Wellz (programa de bem-estar), Wellhub (acesso a academias e atividades físicas), vale gás, vale-transporte, seguro de vida, férias remuneradas e 13º salário.
 

Ao longo do Programa de Estágio, os estudantes participarão de iniciativas de desenvolvimento como mentorias com líderes e atuação em projetos estratégicos, com foco na formação de talentos alinhados à cultura da empresa. O programa também visa estruturar um plano de sucessão interna, engajar a liderança na formação de novos profissionais e otimizar tempo e custos em processos futuros de recrutamento.
 

Cursos elegíveis:

● Administração

● Ciências Contábeis

● Psicologia

● Economia

● Direito

Ciências da Computação

● Engenharia da Computação

● Engenharia Mecânica

● Engenharia Elétrica

● Engenharia de Produção

● Comunicação

● Publicidade

● Jornalismo

● Marketing

● Engenharia de Telecomunicações

● Outros cursos correlatos
 

O processo seletivo contará com etapas presenciais, incluindo entrevistas e dinâmicas em grupo. As inscrições para o Programa de Estágio do GEQ já estão abertas e podem ser feitas diretamente pelo link: https://bit.ly/45okESQ
 

Sobre o GEQ

Desde 1951, o Grupo Edson Queiroz está presente em diversos momentos da vida dos brasileiros, com um portfólio diversificado que inclui energia (Nacional Gás), eletrodomésticos (Esmaltec), bebidas não alcoólicas (Minalba Brasil) e comunicação (Sistema Verdes Mares). Com mais de 9 mil colaboradores, o grupo mantém uma cultura de ética, inovação e compromisso com o desenvolvimento do país.

Em 2025, celebramos o centenário de Edson Queiroz, fortalecendo a conexão do legado do fundador com o futuro.

Índice de Pizza do Pentágono: Quando crises geopolíticas encontram pepperoni

Teoria curiosa sobre pizzas levanta suspeitas de movimentações militares

A cena parece saída de um filme de espionagem: pizzarias abarrotadas de pedidos, entregadores correndo contra o relógio, e, ao fundo, o Pentágono pulsando com a tensão de uma possível crise geopolítica. Mas não, é apenas mais um capítulo do “Índice de Pizza do Pentágono”, uma teoria que mistura queijo derretido e inteligência militar em um prato de especulação.

Tudo começou em 12 de junho, quando pizzarias de Arlington, nos arredores do Pentágono, registraram um pico incomum de pedidos por volta das 18h59, segundo a conta “Pentagon Pizza Report” na rede X. Coincidentemente (ou não?), horas depois, Israel realizou um ataque contra o Irã, reacendendo os boatos de que pizzas podem ser um termômetro para movimentações militares. Pizzarias como District Pizza Palace, Domino’s, We, The Pizza e Extreme Pizza foram mencionadas como os epicentros dessa aparente febre do delivery.

Pizzas e espionagem: uma história que vem de longe

Se você acha que essa história é um exagero digno de redes sociais, saiba que ela tem raízes históricas. Durante a Guerra Fria, agentes soviéticos monitoravam pedidos de entrega na capital americana como forma de rastrear reuniões extraordinárias do governo dos Estados Unidos. O método foi apelidado de “Pizzint” — pizza intelligence.

E mais: em 1990, na véspera da invasão do Kuwait pelo Iraque, há relatos de que a CIA teria feito um pedido recorde de 21 pizzas em uma única noite. Desde então, qualquer movimentação suspeita nas pizzarias próximas ao Pentágono desperta atenção de curiosos e analistas.

Sanduíches, sushi e donuts: um ponto fora da caixa de pizza?

Embora a teoria seja divertida e tenha ganhado força nas redes, o Pentágono não parece estar na mesma vibe. Em nota à Newsweek, o órgão refutou as alegações, destacando que há diversas opções de alimentação dentro do edifício, como sushi e donuts, além de horários que não batem com os relatórios mencionados.

Mas, como diz um internauta, “O Google Maps supera algumas agências de inteligência”. Será que os algoritmos e a fome dos comandantes militares podem mesmo indicar algo maior? Enquanto a resposta permanece no forno, o “Índice de Pizza do Pentágono” segue como uma curiosidade irresistível para quem adora combinar geopolítica com pepperoni.

A próxima vez que você pedir uma pizza, pense bem: será que alguém está monitorando seu pedido? Afinal, quem diria que um simples pedaço de pizza poderia ter tanto sabor de mistério?