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O Modelo Japonês de Administração
2 de janeiro de 2022
Por Pedro Paulo Morales
Na metade do século passado surgiu no Japão um novo modelo de gestão que propunha melhorar as técnicas e preposições ocidentais. Este novo modelo se desenvolveu sobre o Sistema Toyota de Produção que com a difusão de suas ideias tornou-se um dos principais pilares que sustentam a competitividade da economia global.
Esse novo sistema de produção foi criado por Eiji Toyoda e Taiiichi Ohno baseia-se no trabalho dos pioneiros da administração como Frederick Taylor e Henry Ford e na cultura japonesa.
Os principais princípios deste modelo são a eliminação de desperdícios, produção flexível e a fabricação com qualidade. Para que esse novo sistema tivesse êxito era preciso promover uma administração participativa que se promove a participação dos funcionários no processo decisório.
O Sistema Toyota de Produção foi concebido quando Eiji Toyoda e Taiiichi Ohno visitaram a Ford nos Estados Unidos e concluíram que o modelo de produção contínua da Ford era na realidade um modelo que pregava o desperdício de recursos materiais, espaço, tempo e esforço humano. Os visitantes observaram que existiam fábricas gigantescas, muito material em estoque, espaços vazios e pessoas com tarefas limitadas.
O Sistema Toyota de Produção tem como elemento básico o sistema de produção elaborado por Ford, porém os japoneses o tornaram mais racional e econômico e para isso o foco passou a ser a eliminação do desperdício, ou seja, eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao produto. Por esse motivo esse tipo de sistema de produção é conhecido como “Sistema Enxuto”
As principais ideias usadas neste sistema de produção para eliminar desperdícios são:
- Racionalização da força de trabalho. Para que o trabalho seja racionalizado é preciso que se trabalhe em equipe. O líder deve trabalhar com a equipe ao mesmo tempo que coordena o grupo e a equipe tem a tarefa de fazer pequenas manutenções em equipamentos, consertos de baixa complexidade e devem auxiliar no controle de qualidade.
- Just in time. O método Just in time (bem na hora) procura reduzir ao mínimo os estoques e visa fazer com os materiais sejam empregados no momento exato em que vão ser utilizados na linha de produção.
- É um sistema que utiliza um cartão chamado de Kanban para registrar a movimentação de materiais onde cada entrega é registrada nesse cartão permitindo assim controlar itens de acordo com que vão sendo consumidos, fazendo com que não haja abastecimento de materiais antes do tempo necessário e nem acúmulos de estoques.
- Produção flexível. Este sistema de produção permite que os produtos sejam feitos em pequenos lotes, alterando para isso os moldes colocados nas máquinas de produção. Para se ter uma ideia, a Toyota treinou seus funcionários para eles efetuarem essa troca em apena 3 minutos.
Uma das principais características deste modelo de gestão é a fabricação com qualidade. Os pilares fundamentais do Sistema Toyota é que todo trabalhador deve fazer certo da primeira vez, identificar e corrigir os erros em suas causas fundamentais, sendo que o trabalhador tem o poder de interromper a linha de produção caso ele encontre um problema que não consiga resolver. Caso a parada da produção seja necessário, cada erro deve ser analisado até se chegar a sua causa raiz. Um método interessante utilizado para essa análise é perguntar sucessivamente “por quê? ” até se chegar à causa fundamental do problema ou a Causa Raiz, essa técnica é chamada de “5 Whys” e visa encontrar uma contramedida para corrigir um problema.
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Outra característica desse sistema é que existe nas empresas que adotam esse sistema a ideia de Círculos de Controle de Qualidade (CCQ) que são grupos compostos por trabalhadores que se reúnem para estudar e propor soluções de problemas que estejam comprometendo a qualidade e eficiência dos produtos. Esses círculos são entendidos também como uma técnica de gestão participativa.
O modelo japonês se tornou importante quando o mundo ocidental percebeu que os japoneses estavam ganhando mercado por oferecer produtos mais baratos e com maior qualidade. Na verdade, a receita é simples, eliminação de desperdício e trabalho em grupo.
Referência bibliográfica: Maximiano, Antônio Cesar Amaru – Teoria Geral da Administração – 2ª edição – Editora Atlas – 2012
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