Santander lança ferramenta para estimular clientes a guardar dinheiro

Com o objetivo de ajudar os clientes a guardarem dinheiro, o Santander passa a disponibilizar, a partir de junho, a ferramenta Minhas Reservas para todos os clientes pessoa física com conta ativa no Banco. A nova funcionalidade reforça o compromisso do Santander com a promoção da educação financeira e o desenvolvimento de soluções digitais que impulsionem a autonomia financeira. A expectativa é de que, até 2027, mais de 1 milhão de usuários passem a usar a funcionalidade.

“O Minhas Reservas foi desenvolvido para atender às necessidades dos clientes que, muitas vezes, precisam se organizar financeiramente e buscam simplicidade para fazer isso. Nosso novo recurso oferece uma experiência segura, prática e sobretudo didática, porque estimula o cliente a definir objetivos ao guardar o dinheiro e ainda oferece uma rentabilidade garantida”, afirma Geraldo Rodrigues Neto, diretor de Pessoa Física do Santander.

Cada categoria de reserva financeira definida pelo cliente, como por exemplo “Carro novo” ou “Viagem de férias”, renderá 100% do CDI e terá a possibilidade de efetuar resgates imediatos a partir do dia útil seguinte à aplicação, em qualquer horário – ainda que o aconselhável seja realizá-lo após 30 dias a partir da data de cada depósito, evitando a incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) regressivo.

Historicamente, os brasileiros enfrentam dificuldades para guardar dinheiro – independentemente de que o motivo principal seja investir os recursos para fazê-los render. De acordo com a Anbima, apenas 11% da população indicou ter aplicado dinheiro em produtos financeiros em 2024, enquanto 22% afirmaram ter feito algum tipo de investimento – porque incluem neste conceito outras categorias de gastos, como iniciar um negócio próprio.

O hábito de constituir uma reserva de emergência é uma primeira alternativa para garantir conquistas a longo prazo.
Por isso, a nova funcionalidade é direcionada para o cliente que quer economizar, mas não necessariamente investir. Além disso, faz parte de uma estratégia de ter o cliente no centro do negócio, permitindo que ele mesmo defina um objetivo de forma personalizada – como a criação de um nome para a reserva -, estabeleça uma meta, com valor e prazo, e acompanhe o atingimento do seu objetivo.

Também destinada a qualquer pessoa que queira guardar dinheiro sem precisar entender os termos técnicos do mundo dos investimentos, a nova ferramenta pode ser contratada com toda a segurança e clareza necessárias no aplicativo. Há pouco mais de um ano, o Santander lançou a oferta Free, com conta corrente e cartão de crédito gratuitos, e passou a oferecer serviços financeiros a uma parcela do público ainda sem acesso ao sistema bancário. Agora, as perspectivas são de que os usuários da funcionalidade passem a se interessar por outros tipos de produtos financeiros.

“Essa é uma novidade valiosa porque simplificamos a entrada no universo dos investimentos para os clientes que nunca guardaram dinheiro ou que guardam, mas não investem. Uma vez dentro do nosso ecossistema, os clientes passam a visualizar uma ampla gama de oportunidades de investimentos, nas mais variadas classes de ativos”, analisa Alessandro Chagas, diretor de Investimentos do Santander.

Idade não define talento: o caminho para ambientes seguros e sem preconceito etário

*Por Cristina Varella Amorim, CHRO da Adeste

O mundo corporativo tem passado por uma mudança significativa com a entrada de diferentes gerações no mercado de trabalho e com a ampliação da expectativa de vida das pessoas. Com a geração Z se juntando aos millennials, Gen X e baby boomers, as empresas se veem diante de desafios em relação ao engajamento e oportunidades advindas da diversidade etária. Esse fenômeno é conhecido como “gap geracional” e, se não for gerenciado adequadamente, pode resultar em conflitos, baixa produtividade e até mesmo rotatividade de colaboradores.

Olhando para o tema da diversidade etária,cada vez mais as corporações têm colocado em pauta o aumento da participação de pessoas mais velhas no mercado de trabalho. Segundo o Bureau of Labor Statistics dos EUA, a taxa de participação de profissionais no mercado de trabalho com 65 anos ou mais aumentou de 12,1% em 1990 para 19,3% em 2020.

Há estudos que comprovam que uma parcela significativa dos trabalhadores acima dos 55 anos afirmam que sofrem preconceito etário no ambiente de trabalho. Mas, vale ressaltar que a pesquisa da consultoria McKinsey descobriu que empresas que têm uma força de trabalho diversa em termos de idade têm um desempenho financeiro melhor do que as empresas com pouca diversidade geracional. Portanto, é importante garantir a absorção da diversidade em termos de etarismo no ambiente de trabalho a fim de melhorar os resultados das companhias e permitir que seus crescimentos sejam suportado por profissionais que agreguem diversidade, experiência, velocidade e tantas outras competências diferentes e complementares, essenciais para vencerem o mundo de hoje. Mas, garantir o sucesso da diversidade não é tarefa fácil.

Em uma grande corporação, especialmente com décadas de história, esse desafio pode ser ainda maior. Quando falamos de diversidade, é importante que a gente entenda que pessoas são diferentes em todos os quesitos: cultural, étnico, regional, geracional, educacional, familiar e, sobretudo, de opiniões. Saber ouvir diferentes argumentos, acolhê-los, sem julgamentos, complementá-los e construir conjuntamente é um desafio para as gerações que já estão há mais tempo no mercado.

Assim como muitos outros líderes da minha geração, fui catequizada a não errar. Desta forma, vocês podem imaginar a dificuldade em aceitar testar ou inovar, dado o risco inerente a estes movimentos. Ouvir opiniões de gerações mais novas e vice-versa têm se tornado um exercício diário. Afinal, isso ajuda a empresa criar laços de confiança e seguir em sintonia com os colaboradores. E aqui destaco uma dica importante: não importa as idades e gerações, se a gente não abre a cabeça para o que o outro tem a dizer, a empresa não inova. Sem inovação, não há sustentabilidade e o negócio está fadado ao fracasso.

O gap geracional traz ainda desafios importantes em termos de engajamento de funcionários. Por exemplo, alguns millennials podem sentir que não estão sendo levados a sério por seus colegas mais velhos, enquanto os baby boomers se sentem ameaçados pela tecnologia e pelas mudanças no local de trabalho. É importante que as empresas promovam uma cultura de inclusão, na qual todos se sintam valorizados e respeitados. O fato é que um time só inova quando há um ambiente fértil para tal. Sem acolhimento, esse ambiente não se desenvolve. E nem a companhia.

Saber liderar times de diferentes faixas etárias é também assumir suas vulnerabilidades e motivadores. Os millennials, por exemplo, valorizam a flexibilidade no trabalho, como horários flexíveis e trabalho remoto, participação em projetos multidisciplinares e precisam estar engajados com o propósito da organização. Os baby boomers, por sua vez, podem preferir o reconhecimento pelo seu conhecimento específico e experiência; benefícios que tragam segurança para si e para a família e terem sua opinião considerada em situações importantes e de risco.

As empresas que querem ser extraordinárias devem levar em consideração a importância das diferenças e encontrar um balanço entre elas, de forma a buscar a harmonia discordante e criar um ambiente construtivo que possibilite a colaboração e o desenvolvimento de equipes de alta performance.

*Cristina Varella Amorim é CHRO da Adeste, empresa do ramo de saúde, alimentos e nutrição animal e Conselheira Consultiva do Grupo Mast. Engenheira química de formação, a profissional também possui MBA executivo pelo Insper. Ao longo da carreira, desenvolveu habilidades para atuar com sistemas de RH e eficiência organizacional, processos ágeis, planejamento de negócios e BSC e processos e sistemas financeiros. Além da Adeste, Cristina já atuou em grandes empresas como Novo Nordisk, Aché Laboratórios e BiOLAB Sanus Farmacêutica.

O Novo Horizonte do Trabalho: Planejamento e Propósito na Era da Geração Z

Por Pedro Paulo Morales

Descubra como a Geração Z redefine o trabalho com propósito, inovação e equilíbrio para um futuro sustentável.

Muito se fala sobre os desafios enfrentados pela Geração Z no mercado de trabalho. Rotulá-los como uma “geração de açúcar” é uma simplificação que ignora uma verdade mais profunda: esta geração busca a felicidade e o propósito em suas carreiras. Mas o que isso realmente significa no contexto atual? Como podemos nos preparar para um futuro que não apenas atenda às suas expectativas, mas que também promova um ambiente sustentável e inovador?

A Geração Z é mais consciente do que qualquer outra que a antecedeu. Eles sabem o que querem e buscam empresas que compartilhem de seus valores, tanto no que diz respeito ao seu desenvolvimento pessoal quanto à responsabilidade ambiental. Isso torna os integrantes dessa geração não apenas exigentes, mas também visionários. Estão dispostos a sacrificar um salário elevado se isso significar comprometer seu propósito de vida. Isso é um desafio ou uma oportunidade para as empresas?

As organizações que não entenderem essa nova dinâmica terá dificuldades em reter esses jovens talentos. Vivemos em um mundo onde a pressão é constante, com demandas chegando de todos os lados graças à tecnologia. A diferença de agora para 30 ou 40 anos atrás é a velocidade e a intensidade com que essas exigências nos atingem. E a inteligência artificial, apesar de ser uma ferramenta poderosa, apenas refletirá as ansiedades do mercado de trabalho se não mudarmos como pensamos e agimos.

Então, como podemos quebrar esse círculo vicioso? A resposta pode estar na própria essência da Geração Z: a busca por propósito. As empresas precisam renovar sua gestão e colocar em prática discursos que são muitas vezes apenas bonitos no papel. É preciso criar um ambiente onde a inovação seja incentivada e onde as pressões do dia a dia sejam geridas de forma mais humana.

Estamos preparados para seguir nesse ritmo frenético? Ou é hora de uma pausa, uma oportunidade para refletirmos sobre a quantidade de recursos que estamos consumindo, tanto ambientais quanto psicológicos? A adaptabilidade e a proatividade são essenciais para navegarmos em um futuro incerto. É preciso tomar medidas concretas para garantir que tanto as empresas quanto os indivíduos prosperem em harmonia e equilíbrio. Sucesso não é apenas um desejo individual, mas de todos, uma construção coletiva.

Vamos refletir e sucesso!

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    Por Pedro Paulo Morales Vivemos tempos de transformação e adaptação. Hoje, vou discutir o papel emergente e crucial de uma nova habilidade que estará presente nos postos de trabalho, as IA Skills, ou habilidades em usar ferramentas de Inteligência Artificial generativa (como chatbots, geradores de imagens ou assistentes de produtividade), esses profissionais também podem receber … Continue lendo Habilidades Essenciais para “Conversar” com a IA
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    O fenômeno conhecido como “apodrecer na cama”, muito comentado nas redes sociais e associado principalmente à Geração Z, merece uma reflexão mais cuidadosa, porque ele traduz muito mais do que uma simples tendência. Deitar-se por horas, rolando telas, assistindo séries ou simplesmente permanecendo ali, sem compromissos, pode ser interpretado como um gesto de autocuidado. Porém, a questão que precisamos levantar é: até que ponto esse comportamento pode ser considerado saudável?
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10 passos para lidar com uma demissão repentina

Brasil registrou mais de 2 milhões de demissões em abril; especialista ensina como reagir com estratégia e equilíbrio

Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
(Foto: Isaque Martins)

Mais de 2 milhões de pessoas foram desligadas de seus empregos formais no Brasil apenas em abril de 2025, de acordo com os dados mais recentes do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego). Embora o saldo líquido de vagas tenha sido positivo, o número de demissões mostra o quanto a instabilidade ainda marca o mercado de trabalho e como o desligamento pode atingir até os profissionais mais qualificados.

“Ser demitido nem sempre é reflexo de incompetência. O mercado é feito de ciclos, e muitos desligamentos são fruto de ajustes sistêmicos”, explica Virgilio Marques dos Santos, gestor de carreiras, PhD pela Unicamp e sócio-fundador da FM2S, startup de Educação e Consultoria sediada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.

Para quem foi surpreendido por um desligamento repentino, Santos elenca 10 passos fundamentais para atravessar o momento com mais clareza, autocuidado e estratégia. “O que a gente faz depois da demissão é o que realmente define a nossa trajetória. É possível sim transformar esse baque em ponto de virada”, afirma.

Confira as orientações do especialista:

  1. Sinta o que precisa ser sentido

Demissão é ruptura. E toda ruptura gera luto. Permita-se sentir raiva, frustração, tristeza. “Isso é humano. Mas não podemos permitir que o luto vire paralisia. A dor precisa ser atravessada, não cultivada”, diz Santos.

  1. Entenda o motivo, mas não se prenda a ele

Buscar compreender o motivo do desligamento pode ser útil, mas insistir demais nessa busca pode alimentar a autocrítica e o ressentimento. “Nem toda demissão tem culpado. Às vezes, é só o sistema se ajustando.”

  1. Cuide da sua narrativa

A forma como você conta a sua história — para si mesmo e para os outros — faz diferença. “Evite discursos de vítima ou de herói injustiçado. Prefira mostrar maturidade: o ciclo se encerrou e você está pronto para o próximo desafio.”

  1. Reforce sua base emocional

Converse com pessoas de confiança, busque apoio psicológico se puder. “A demissão abala autoestima, identidade e segurança. É preciso reconstruir a base.”

  1. Organize sua rotina com intencionalidade

Sem um trabalho formal, a rotina pode se perder. “Estabeleça horários e metas diárias. O ritmo é um antídoto contra o desânimo. Pequenos avanços ajudam a recuperar a confiança.”

  1. Atualize seu arsenal profissional

Revise currículo, atualize o LinkedIn, invista em capacitação. “Reskilling e upskilling não são modismos. São estratégias de sobrevivência profissional.” Ele destaca que há diversas plataformas que oferecem cursos gratuitos e com certificação, acessíveis mesmo para quem está enfrentando um momento financeiro delicado. “É uma forma prática de mostrar ao mercado que você está em movimento, ampliando competências e se preparando para novas oportunidades”, completa.

  1. Revise sua estratégia de carreira

Aproveite o momento para refletir sobre o que realmente faz sentido. “Muitos só conseguem se mover diante da ruptura. Pode ser a chance de mudar de área, empreender ou buscar algo mais alinhado ao seu propósito.”

  1. Cultive uma visão de longo prazo

A dor da demissão é intensa, mas passageira. “Muitos olham para trás, anos depois, e percebem que aquele foi o empurrão necessário para crescer de verdade.”

  1. Cuidado com decisões movidas pelo desespero

Evite aceitar propostas ruins apenas por medo. “Entrar em um ambiente tóxico pode ser mais destrutivo do que esperar um pouco mais.”

  1. Compartilhe sua experiência

Quando estiver pronto, divida sua jornada com outros. “Mostrar vulnerabilidade com sabedoria é um ato de liderança. Pode ajudar muita gente que está passando pelo mesmo.”

Para Santos, é importante lembrar que a demissão, por mais dura que seja, pode abrir caminhos antes impensados. “Se você souber para onde quer ir, todo vento pode ser favorável. A demissão não é o fim — pode, inclusive, ser o começo mais honesto e potente da sua trajetória”, finaliza.

Sobre o autor

Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de carreiras, PhD, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Autor do livro “Partiu Carreira”, TEDx Speaker, foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

Fonte Adriana Arruda

Riscos psicossociais: ABRH-CE alerta para urgência na prevenção e propõe ações práticas às empresas

Saúde mental no trabalho deve ser tratada com o mesmo rigor de outros riscos ocupacionais, com foco em diagnóstico organizacional, liderança capacitada e indicadores de bem-estar

Com a atualização da Norma Regulamentadora (NR-01), que exige a identificação e o controle dos riscos psicossociais nas organizações, a prevenção da saúde mental no trabalho deixou de ser opcional. A norma traz um alerta aos gestores para que acionem medidas reais, consistentes e contínuas, indo além do papel e da burocracia.

Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-CE), Kássia Sales, não basta reconhecer que o burnout existe, é necessário ir além. “As empresas precisam estruturar ações preventivas dentro da rotina organizacional. Isso inclui reavaliar cargas de trabalho, treinar lideranças, criar canais de escuta e envolver os colaboradores nas decisões que impactam sua saúde mental”, disse.

Entre os fatores psicossociais citados estão a sobrecarga de tarefas, metas abusivas, ausência de reconhecimento, assédio moral, jornadas extensas e ambientes hostis. Segundo Kássia Sales, esses elementos estão diretamente associados a quadros de ansiedade, depressão, esgotamento e à síndrome de burnout. Em 2024, o Brasil registrou um crescimento de 68% nos afastamentos por transtornos mentais, totalizando 472 mil casos, segundo o INSS. A maior parte envolvia diagnósticos como ansiedade, depressão e estresse extremo.

Na prática

Diante desse cenário, a presidente da ABRH-CE orienta que as empresas iniciem um processo estruturado de prevenção, com ações prioritárias que incluam o mapeamento de fatores de risco psicossocial, com participação ativa dos trabalhadores e apoio técnico especializado; a capacitação de lideranças para identificar sinais de sofrimento emocional, evitando o agravamento de quadros clínicos e promovendo relações mais respeitosas e empáticas no ambiente de trabalho.

Além disso, a especialista propõe a criação de políticas claras de pausas e desconexão, combatendo a cultura do excesso e da produtividade a qualquer custo. Em conjunto, a oferta de canais seguros e anônimos para escuta dos colaboradores, com encaminhamento para suporte psicológico ou encaminhamento médico, quando necessário. Por fim, a mensuração e o acompanhamento de indicadores de saúde mental, como taxas de afastamento, turnover, queixas formais e clima organizacional.

“Essas ações precisam ser incorporadas à cultura organizacional. Não se trata de montar uma palestra no Setembro Amarelo e acreditar que o problema se resolverá com uma campanha anual. É essencial uma construção contínua e estratégica”, alerta Kássia Sales.

Ainda de acordo com a presidente, a prevenção dos riscos psicossociais não é apenas uma exigência legal, mas uma resposta necessária a um colapso silencioso que tem afetado a produtividade e a saúde dos colaboradores. Além disso, ressalta que “cuidar das pessoas deixou de ser um diferencial e passou a ser a base de qualquer modelo de negócio viável”.

“Como representante da ABRH-CE, ressalto nossa disposição em direcionar empresas que desejam aprofundar o conhecimento sobre gestão de riscos psicossociais e promover uma cultura organizacional mais saudável. Nós contamos com parceiros especializados na área da saúde e temos buscado implementar iniciativas para conectar organizações a soluções práticas e qualificadas conforme suas necessidades”, conclui a presidente.

Sobre a ABRH-CE

A ABRH-CE é uma entidade sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento e valorização de pessoas e organizações. Com eventos de grande relevância, como o Fórum Saúde+RH, o Prêmio Ser Humano e o CearáRH, a associação se consolida como um ponto de referência para inovação, aprendizado e networking no mercado cearense.

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Reskilling e Upskilling: Estratégias para Alavancar sua Carreira

Introdução

Vivemos em uma era de transformações rápidas, onde o avanço tecnológico e as mudanças nas demandas do mercado de trabalho exigem uma constante adaptação por parte dos profissionais. Nesse cenário, os conceitos de reskilling e upskilling têm ganhado destaque como estratégias fundamentais para garantir relevância, empregabilidade e crescimento na carreira. Mas o que significam exatamente esses termos, e como podem impactar positivamente sua trajetória profissional?

O que é Reskilling?

O reskilling, ou “requalificação”, refere-se ao processo de adquirir novas habilidades para mudar de área ou função dentro do ambiente de trabalho. Ele é geralmente aplicado em situações em que a profissão atual do indivíduo está em declínio ou enfrentando transformações que podem torná-la obsoleta. Por exemplo, um técnico em manutenção de máquinas pode aprender programação para transitar para uma carreira em automação industrial.

Vantagens do Reskilling

  • Flexibilidade no mercado de trabalho: profissionais que se requalificam têm maior capacidade de adaptação às mudanças do mercado, podendo explorar novas áreas e oportunidades.
  • Redução do impacto da automação: muitas funções tradicionais estão sendo substituídas por tecnologia. O reskilling permite driblar esse impacto, preparando os indivíduos para funções emergentes.
  • Segurança profissional: assegura que o profissional não fique estagnado em uma área que possa perder relevância no futuro.

O que é Upskilling?

Já o upskilling, ou “aprimoramento”, foca no desenvolvimento de habilidades adicionais dentro da área de atuação atual do profissional. É ideal para quem deseja se destacar ou avançar em sua carreira sem abandonar sua especialidade. Por exemplo, um analista de dados pode aprender sobre inteligência artificial para se tornar ainda mais competitivo em sua área.

Vantagens do Upskilling

  • Melhoria contínua: permite que os profissionais se mantenham atualizados com as últimas tendências e tecnologias.
  • Aumento de empregabilidade: profissionais com habilidades avançadas são mais desejados por empregadores e têm maiores chances de receber promoções e aumentos salariais.
  • Maior confiança: O domínio de novas competências aumenta a autoconfiança e a sensação de competência no trabalho.

Reskilling vs Upskilling: Qual escolher?

A escolha entre reskilling e upskilling depende de diversos fatores, como seu objetivo profissional, as tendências do mercado de trabalho e as demandas específicas da sua área. Se você percebe que sua área atual está saturada ou em declínio, o reskilling pode ser a melhor opção. Por outro lado, se você deseja aprofundar-se e destacar-se em uma área que ainda possui grande potencial de crescimento, o upskilling será mais vantajoso.

Como adotar o Reskilling e o Upskilling?

Há diversas maneiras de implementar essas estratégias no seu desenvolvimento profissional. Aqui estão algumas ideias práticas:

1. Cursos e Certificações

Investir em cursos, sejam eles presenciais ou online, é uma excelente forma de adquirir ou aprimorar habilidades. Os cursos como Chat GPT Para Desenvolvimento Profissional e Curso de Soft Skills do EAD Falando de Gestão são uma ótima opção.

2. Aprendizagem no Trabalho

Muitas empresas promovem treinamentos internos ou oferecem oportunidades para que seus colaboradores aprendam novas habilidades enquanto trabalham. Participar desses programas é uma maneira eficaz de crescer profissionalmente.

3. Networking e Mentoria

Estabelecer conexões com profissionais experientes na área desejada pode facilitar o acesso a informações valiosas e oportunidades de aprendizado. A mentoria, em particular, é uma forma poderosa de adquirir conhecimento prático.

4. Leitura e Pesquisa

Livros, artigos e estudos de caso são fontes fundamentais para quem deseja aprofundar seus conhecimentos. Dedicar tempo à leitura pode abrir novas perspectivas e inspirar o desenvolvimento de habilidades.

Impacto na Carreira

Tanto o reskilling quanto o upskilling têm o potencial de alavancar sua carreira significativamente. Essas estratégias não apenas aumentam sua empregabilidade, mas também ampliam suas possibilidades de atuação e sua capacidade de adaptação às rápidas mudanças do mercado. Além disso, o aprendizado contínuo contribui para a realização pessoal e profissional, promovendo uma sensação de progresso e relevância.

Conclusão

Em um mundo onde a única constante é a mudança, investir em reskilling e upskilling é mais do que uma estratégia; é uma necessidade. Seja para mudar de área ou para se destacar na sua, essas práticas oferecem ferramentas essenciais para construir uma carreira sólida e sustentável. Ao adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo, você estará preparado para enfrentar os desafios do futuro e aproveitar as oportunidades que ele reserva.

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