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Quiet quitting: falta de inclusão e pertencimento no trabalho está por trás deste fenômeno

Quiet quitting

Já ouviu falar do termo que vem assombrando as lideranças, o “quiet quitting”? Em português “demissão silenciosa” ou “desistentes silenciosos”, o termo veio para definir a falta de envolvimento, entusiasmo e pertencimento da pessoa em relação ao seu trabalho e do time do qual faz parte. Muitas dúvidas surgem ao tentar entender o que está por trás desse fenômeno que vem afetando especialmente algumas gerações.
Em um artigo da Harvard Business Review publicado em 2022, os professores Anthony Klotz e Mark Bolino explicam o fenômeno e as suas consequências: “Os desistentes silenciosos continuam cumprindo suas responsabilidades primárias, mas estão menos dispostos a ficar até tarde, chegar cedo ou comparecer a reuniões não obrigatórias”. Já uma pesquisa do Gallup, realizada em junho de 2022, aponta que “desistentes silenciosos” representam 50% da força de trabalho dos Estados Unidos, e um dado importante é que a maioria das pessoas faz parte da Geração Z e Millennials.
Por se tratar de uma prática silenciosa, uma liderança que não acompanha de perto a sua equipe não nota logo de início esses indícios e, quando nota, pode já ser tarde demais. Uma das principais causas que leva a esse tipo de comportamento é a não conformidade com ambientes de trabalho tóxicos e com uma cultura workaholic. Cris Kerr, especialista em Diversidade e Inclusão e CEO da CKZ Diversidade, conta o que está por trás da prática:
“A busca por uma vida mais equilibrada entre a área pessoal e profissional tem se tornado uma questão cada vez mais presente na vida das pessoas, especialmente após a Pandemia do Covid. Os novos modelos de trabalho, por exemplo, foram um grande estopim para esse movimento que estamos presenciando. Pessoas trabalhando de 12 a 14 horas porque estavam em suas casas, exigências por mais entregas e um acúmulo de horas extras, além da constante pressão por resultados cada vez maiores já não são mais aceitas e vistas como algo ‘normal’ no trabalho. Outro fator impactante é o sentimento de exclusão e de não pertencimento àquele ambiente”, comenta a especialista.
Uma pesquisa recente realizada pela Reconnect Happiness at Work mostra resultados alarmantes: 50% das pessoas que responderam afirmam que se sentem apáticas em seu atual emprego. O principal motivo listado para essa desmotivação é a baixa remuneração (41%), e logo em seguida a discordância com as atitudes da liderança (22%) e a falta de reconhecimento ou conexão com o propósito da empresa (22%). Apesar da solução parecer simples e girar em torno apenas de um aumento salarial, Cris Kerr comenta sobre como melhorar solucionar esse cenário:
“Proponho que a liderança tenha uma visão holística do ambiente que está criando para sua equipe e entenda que, apesar da remuneração justa ser um fator crucial no engajamento dos profissionais, não é apenas isso que faz com que essas pessoas se mantenham proativas e interessadas no trabalho. Para se sentirem motivadas, pessoas precisam ser de fato incluídas e terem a consciência que suas individualidades são valorizadas e respeitadas pela liderança e pela equipe. Uma boa pergunta a se fazer é: ‘será que estou criando um ambiente verdadeiramente inclusivo?’ Isso é um fator crucial para que as pessoas queiram doar o melhor de si, para que assim as empresas alcancem os seus objetivos”, aconselha Cris.

Sobre a CKZ Diversidade

CKZ Diversidade é 100% focada em Diversidade & Inclusão. Há 15 anos conecta experiências, estimula o diálogo e desenvolve programas de valorização da diversidade. É formada por um time de pessoas apaixonadas por transformar os ambientes em espaços mais diversos e inclusivos. A empresa conta com uma Consultoria em Diversidade com treinamentos in company focados nas necessidades de cada corporações, além do único Treinamento em Diversidade & Inclusão do Brasil, que está em sua 7ª edição, o Fórum Agentes da Transformação, voltado para o engajamento de homens nas pautas de Diversidade e Inclusão e que terá sua 1° edição em 2023, e o 12º Super Fórum Diversidade & Inclusão, que acontecerá em outubro de 2023 e apresenta mais de 30 cases que vêm construindo ambientes mais diversos e inclusivos, tornando-as mais inovadoras e sustentáveis.

Artigo enviado por  Cris Moraes Comunicação Corporativa

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