O fenômeno de “apodrecer na cama” e o desafio do equilíbrio
 
					Por Pedro Paulo Morales
O fenômeno conhecido como “apodrecer na cama”, muito comentado nas redes sociais e associado principalmente à Geração Z, merece uma reflexão mais cuidadosa, porque ele traduz muito mais do que uma simples tendência. Deitar-se por horas, rolando telas, assistindo séries ou simplesmente permanecendo ali, sem compromissos, pode ser interpretado como um gesto de autocuidado. Porém, a questão que precisamos levantar é: até que ponto esse comportamento pode ser considerado saudável?
Não é difícil compreender o fascínio dessa prática. Vivemos tempos de sobrecarga emocional e de um ritmo de vida que muitas vezes nos cobra mais do que podemos entregar. Nesse cenário, parar, descansar e se desligar do mundo pode parecer uma resposta natural e até necessária. Mas o problema surge quando essa pausa se prolonga a ponto de virar fuga, quando o descanso se transforma em isolamento e, em muitos casos, passa a mascarar sintomas mais profundos, como a ansiedade e a depressão. O que me preocupa é que, em nossa sociedade, ainda é comum minimizar problemas sérios, tratando comportamentos preocupantes como meras “tendências” ou manifestações modernas de autocuidado.
As redes sociais, como sempre, potencializam o debate. Para alguns, esse hábito é visto como legítima forma de cuidar de si mesmo, desde que não haja prejuízo ao outro. Para outros, o fenômeno revela apenas a ausência de responsabilidades que marcam a rotina de muitas pessoas. Há ainda quem ironize, repetindo a velha máxima: “quem pode, pode”. Mas será que essa justificativa não nos afasta do real ponto da discussão? Estamos, de fato, nos cuidando ou apenas nos escondendo do mundo e de nossas responsabilidades?
O que enxergo nesse movimento é o retrato de uma crise mais ampla: a crise de propósito. A avalanche de informações, opiniões e comparações nas redes sociais leva as pessoas a ouvirem demais e decidir de menos. Ficamos presos a estímulos externos e esquecemos de olhar para dentro, de agir e de traçar caminhos claros. O autocuidado não pode ser confundido com a evasão. Ele deve ser entendido como uma prática equilibrada, que combina momentos de pausa com a disposição para seguir adiante, enfrentar desafios e dar sentido às nossas escolhas.
No fim das contas, não há respostas prontas. Cada pessoa precisa encontrar o próprio ponto de equilíbrio. O que não podemos é transformar o descanso em desculpa para o afastamento do mundo e dos nossos objetivos, se continuarmos apenas “rolando a vida” como fazemos em uma tela de celular, corremos o risco de perder não apenas a hora de levantar-se da cama, mas cair dela! Que possamos, então, ressignificar esse debate e transformar o autocuidado em impulso para viver, não em refúgio para se esconder.
Vamos refletir sobre isso e viver com consciência e propósito. Sucesso!
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