Por Carlos Delano Rebouças – Professor

Certo dia, uma pessoa contratou uma diarista para realizar um serviço de limpeza geral de sua casa, uma atividade típica da profissão.

Quem a contratou é daquelas que saem muito cedo de casa e retornam somente depois das 19 horas. Vida corrida, que não sobra tempo até para olhar para si mesmo.

A chave de seu apartamento foi deixada na portaria do prédio para que a profissional diarista pegasse cedo e passasse o dia no exercício de seu trabalho. Ela sequer se encontrou por um instante com a contratante, que confiou a ela a responsabilidade plena sobre seu lar.

Quando a proprietária chegou a casa, ao final de um exaustivo dia, encontrou o seu lugar perfeitamente limpo, muito bem-higienizado, impecável. Tal constatação já foi o suficiente para deixá-la feliz demais. Contudo, ao se dirigir a cozinha, viu sobre o fogão uma panela, com uma convidativa canja de galinha, que só pelo cheiro pareceu-lhe muito boa. Sobre a mesa, onde de costume se faz as refeições, um bilhete com um breve texto até difícil de ser lido, pelo pouco domínio da diarista com relação à escrita, que dizia:

• Muito obrigada pela oportunidade de mostrar o meu serviço. Espero que goste do resultado. Aproveitei e deixei uma canja de galinha para a senhora, pois acredito que depois de um dia cansativo, chegaria talvez indisposta a ir para a cozinha preparar alguma coisa. Espero também que goste dela.

A contratante, reconhecendo o extraordinário serviço de limpeza feito, pagou o que ela merecia. E sobre a gentileza de fazer-lhe a gostosíssima canja, recebeu dobrado pelo carinho e o diferencial de realizar algo além da atividade contratada, com a promessa de viria a ser a pessoa efetiva na prestação desse serviço na sua casa.

Moral da história:

Digno é reconhecer quando nos entregam muito além do que esperamos em um atendimento. Válido e importante é oferecer mais do que esperam de nós como prestadores de atendimento. Isso se chama DIFERENCIAL.

Ao final, todos ganham e saem felizes.

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