Infojobs reúne mais de 6.500 vagas abertas para telemarketing no Brasil

Dia do Operador de Telemarketing, celebrado em 4 de julho, é marcado por setor aquecido e oportunidades em diversos formatos de contratação

Infojobs, site de empregos mais usado do Brasil, está com mais de 6.500 vagas abertas para o setor de telemarketing em todas as regiões do país. O número reforça a força do setor no mercado de trabalho brasileiro, especialmente às vésperas do Dia do Operador de Telemarketing, comemorado em 4 de julho. A data celebra os profissionais responsáveis por conectar empresas e consumidores por meio de canais de atendimento, vendas e suporte, muitas vezes sendo o primeiro ponto de contato entre marcas e clientes.

Entre as oportunidades disponíveis na plataforma, mais de 190 são para atuação home office ou híbrido, sendo uma possibilidade para quem busca entrar nesse modelo de trabalho. Enquanto, em paralelo, a predominância da modalidade presencial aponta para a valorização de estruturas físicas no relacionamento direto com o cliente, tornando-se combustível para integração e conexão com lideranças, outros profissionais e empresas clientes.

A maior parte das vagas é para contratação no regime CLT (5.481 oportunidades), mas há também posições para autônomos (69) e prestadores de serviços (183), o setor se mostra acessível tanto para quem já atua na área quanto para quem busca iniciar no mercado de trabalho: são mais de 4.800 vagas em cargos operacionais, mais de 400 em funções auxiliares e superior à 300 oportunidades de estágio. O setor de telemarketing ainda é uma das principais portas de entrada para o início de carreira.

As áreas com mais oportunidades vinculadas ao setor incluem áreas de administração, comercial e alimentação, com salários que podem chegar a R$10 mil, dependendo da experiência, localidade e pacote de benefícios oferecido. Entre os principais atrativos destacados nas descrições de vagas no Infojobs, estão vale-transporte, auxílio alimentação, planos de saúde e bonificações por desempenho.

Além desse panorama geral do setor, o Infojobs destaca que há mais de 3.400 vagas especificamente para o cargo de operador de telemarketing, disponíveis para diferentes perfis e localidades do Brasil. Para facilitar a busca, a plataforma oferece filtros que segmentam as vagas por cidade, estado, tipo de contrato, modelo de trabalho e faixa salarial.

Todas as vagas estão disponíveis no Infojobs, de forma gratuita a partir do cadastro do currículo direto no site e sem limitação de candidaturas para quem busca um novo emprego.


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Prefeita de Aracati (CE) recebe governador e lideranças da AeC: operação da empresa começará ainda este ano no município e região

O governador Elmano de Freitas, o secretário do Trabalho, Vladyson Viana

e deputados, participaram da cerimônia na Universidade do Ceará

onde funcionará o Centro de Treinamento da empresa

Algumas salas do prédio da Universidade do Ceará serão ocupadas pela AeC.
Foto: Divulgação AeC

A prefeita de Aracati/CE, Roberta de Bismarck (Podemos) recebeu, nesta quinta-feira, 3 de julho, as visitas do governador Elmano de Freitas (PT), do secretário do Trabalho do Estado, Vladyson Viana, dos deputados federal Eduardo Bismarck estadual Guilherme Bismarck de lideranças da empresa AeC que, nos próximos meses, iniciará suas atividades na cidade e na região do Vale do Jaguaribe, no litoral Leste do Ceará. Eles participaram da cerimônia de cessão de algumas salas do prédio da Universidade Estadual do Ceará- UECE, no Centro, para o treinamento dos novos colaboradores da empresa.

A expansão no Ceará da AeC, empresa líder em soluções de experiência do cliente, representa a continuidade do movimento estratégico de expansão no Nordeste com um modelo de negócios inovador e que reflete o compromisso da empresa com a modernização e a geração de empregos. Recentemente, a AeC chegou ao município de Patos, no Sertão da Paraíba, e Palmeiras dos Índios, em Alagoas.
 

Modelo inovador

“Em Aracati vamos investir no modelo home office, o que permitirá a ampliação do recrutamento de pessoas nos municípios vizinhos. Com isso, conseguimos ter horizontes ainda maiores de expansões futuras, porque não ficamos limitados à instalação física”, explica o CEO da AeC, Rafhael Duailibi. Ele comenta que, nos próximos meses, poderão ser abertas cerca de mil vagas e o recrutamento já começará neste mês de julho, com precisão de início de operação já em setembro deste ano.
 

Com esta iniciativa, espera-se um impacto significativo na economia local, tanto na inclusão socioeconômica quanto nas oportunidades para novos profissionais. “O impacto da geração de empregos formais é muito significativo, já que cria um ciclo virtuoso de crescimento e melhora a qualidade de vida não só de Aracati, mas das comunidades do entorno da cidade”, afirma Duailibi.
 

Para o secretário do Trabalho, Vladyson Viana, “a AeC chega oportunizando a empregabilidade para os jovens cearenses, especialmente aqueles em busca de um primeiro emprego. Além disso, a AeC está com o diferencial de permitir que a atividade seja desenvolvida por home office, o que permite também a contratação de pessoas dos municípios vizinhos. Estas vagas irão dinamizar a economia da região e trabalharemos juntos na seleção e encaminhamento dos profissionais por meio da nossa Unidade do IDT/SINE no município.”
 

Anúncio em dezembro de 2024

O anúncio da instalação da AeC em Aracati foi formalizado em dezembro do ano passado em solenidade no Palácio da Abolição, em Fortaleza. Na ocasião, o governador Elmano de Freitas agradeceu a empresa por sua atuação no Ceará: “Agradeço pelo o que a empresa já faz no Ceará, em Juazeiro do Norte, e agora em Aracati. É um momento de muita alegria. Imaginar que os nossos jovens poderão trabalhar e estudar, é uma mudança muito significativa na vida das pessoas. E nós estamos trabalhando para isso”, enfatizou o governador Elmano de Freitas.
 

Além de Aracati, a AeC promove a ampliação da presença no Ceará, onde já tem duas unidades em Juazeiro do Norte. A empresa, que se mantém em segundo lugar na geração de empregos no município, com mais de 5,6 mil trabalhadores, tem a perspectiva de alcançar oito mil postos de trabalho ainda este ano. Em 2026, as unidades em Juazeiro, somarão cerca de 10 mil pessoas, consolidando-se uma das maiores empregadoras do estado. “Todo esse movimento simboliza nosso compromisso contínuo com o estado do Ceará e consolida a AeC como um vetor de oportunidades e desenvolvimento no Cariri cearense”, afirmou Duailibi.
 

Para o CEO da AeC, a expansão reafirma a missão da empresa em promover inclusão e crescimento econômico sustentável no Nordeste: “A chegada ao Ceará há uma década transformou a AeC em um pilar de desenvolvimento socioeconômico local. Temos muito orgulho em ser uma das principais geradoras de emprego formal na região. Este novo ciclo de investimentos reflete esse nosso compromisso.”
 

Melhor empresa e certificação de diversidade

Recentemente, a AeC se tornou a primeira empresa do Brasil certificada pelo Rina na ISO 30415:2021, norma internacional que estabelece diretrizes para a gestão de recursos humanos com foco na diversidade e na inclusão. Com mais de 52 mil colaboradores, a empresa apresenta números que corroboram essa conquista: 68% dos colaboradores são negros ou pardos, 66% são mulheres, 83% são egressos de escolas públicas e 23% são integrantes da comunidade LGBTQIAPN+, sendo 5% trans e não binários.

Para além dos números, a ISO 30415:2021 avalia todos os processos de gestão de recursos humanos, como planejamento de força de trabalho, remuneração, recrutamento, indução, aprendizagem e desenvolvimento. Com 47% dos colaboradores, com idade entre 18 e 24 anos, a empresa é a principal porta de entrada para o mercado de trabalho dos jovens sem experiência profissional. “Nós temos a responsabilidade social de formar e capacitar esses jovens, seja para que eles cresçam aqui dentro mesmo, seja para que, ao buscar o mercado lá fora, estejam preparados profissional e eticamente”, afirma Yveth Alves, superintendente de Pessoas para o Nordeste. Nos últimos quatro anos, a AeC promoveu uma média de 15 pessoas por dia, todos os dias.

Sobre a AeC

A AeC está entre as empresas líderes do setor, na entrega de soluções de experiência do cliente e gestão de processos terceirizados. Servindo as principais marcas do mercado nacional, recebeu nos três últimos anos o título de Empresa do Ano de BPO pela conceituada Frost and Sullivan. Líder também nas práticas de ESG, recebe há nove anos consecutivos o título de Melhor Empresa de Serviços pela Época Negócios 360°. Com um olhar inovador, o seu diferencial está no modo como integra o cuidado com as pessoas e aplica tecnologia de ponta em seus processos, como inteligência artificial, robotic process automation, serviços em nuvem e ferramentas de analytics e segurança. Atualmente, a AeC possui 23 unidades distribuídas por 7 estados do país e é certificada pelo instituto Great Place to Work como uma das melhores empresas para trabalhar do País.


Emprego: Framework Digital abre mais de 70 vagas em tecnologia para Belo Horizonte e São Paulo 


A Framework Digital, empresa referência em transformação digital no Brasil, está com vagas abertas para profissionais da tecnologia. Com mais de 700 colaboradores e uma cultura voltada para inovação, agilidade e excelência em resultados, a equipe segue em processo de expansão. Neste ano, foi realizada a aquisição da Rethink e, agora, busca novos talentos.
 

Desde 2009, a Framework atua desenvolvendo soluções digitais personalizadas para empresas de todos os portes, ajudando grandes marcas a escalar seus negócios por meio de tecnologia, design e metodologias ágeis. Entre seus clientes estão nomes como: Localiza, Santander, MRV, Syngenta, Reserva, VOLL, AkzoNobel, Drogaria Araujo, Unimed-BH, Unimed-POA, entre outros.
 

“Quem entra na Framework encontra um ambiente com projetos de alto impacto e um time que é referência no mercado. É o lugar certo para quem busca aprendizado e um ambiente de colaboração e engajamento”, reforça Jamila Ventura, Head de Pessoas e Cultura na Framework.
 

As oportunidades são para os diferentes níveis de senioridade (de pleno a especialista), com destaque para áreas como desenvolvimento de software, engenharia de dados, qualidade e arquitetura de soluções. A empresa também conta com um Banco de Talentos, permitindo que candidatos interessados deixem seus currículos para futuras oportunidades.
 

Confira as vagas disponíveis:

  • Desenvolvedor .NET (Pleno e Sênior)
     
  • Desenvolvedor Node.js – Especialista
     
  • Arquiteto de Soluções (Node)
     
  • Desenvolvedor Outsystems – Sênior
     
  • Desenvolvedor Python – Sênior
     
  • Desenvolvedor iOS – Sênior
     
  • Engenheiro de Dados – Sênior
     
  • Engenheiro de Segurança – Sênior
     
  • QA Sênior (Automação)
     
  • Analista de Testes Funcionais (Pleno e Sênior)
     
  • Analista de Testes Manuais – Sênior
     
  • Arquiteto de Software
     
  • Product Manager – Sênior

Todas as vagas estão abertas para profissionais com deficiência (PCDs).
 

As inscrições devem ser realizadas pelo site oficial de carreiras da Framework, acesse em: Link

Sobre a Framework: A Framework Digital é uma empresa líder em transformação digital, dedicada a oferecer soluções inovadoras e personalizadas para empresas de todos os tamanhos em todo o mundo. Fundada em 2009, a Framework Digital conta com mais de 700 colaboradores e impulsiona o sucesso de seus clientes promovendo o avanço da transformação digital em escala global. Para saber mais, clique aqui.


Fortaleza cria mais de 3,3 mil empregos formais em maio e se destaca no ranking nacional

Em saldo de emprego, Fortaleza ocupa o 4° lugar entre as capitais do Brasil, e 2° entre as capitais do Nordeste


Fortaleza segue em ritmo positivo na geração de empregos formais. De acordo com os dados mais recentes do Novo Caged, divulgados nesta segunda-feira (30/6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a capital cearense registrou um saldo de 3.327 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês de maio.

Com esse desempenho, Fortaleza ocupa o 4º lugar entre as capitais brasileiras em saldo de empregos e o 2º lugar no Nordeste, ficando atrás apenas de Recife (4.121). A cidade lidera em número total de vínculos formais nas regiões Norte e Nordeste, alcançando a marca de 764.947 empregos com carteira assinada.

Fortaleza também lidera em admissões: 30.818 pessoas foram contratadas formalmente em maio. O setor de Serviços foi o principal motor do crescimento, com 2.197 vagas criadas, seguido por Construção Civil (1.069), Indústria (232) e Agropecuária (4).

“No acumulado do ano, já são 11.037 novos empregos formais gerados na capital cearense, o que coloca Fortaleza à frente de 15 estados brasileiros, incluindo unidades do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, além do Distrito Federal. Os resultados refletem a estratégia da gestão em promover o desenvolvimento econômico nos bairros e fortalecer o mercado de trabalho”, destaca Antonio José Mota, secretário municipal do Desenvolvimento Econômico.

Os dados são provenientes do Painel Novo Caged, principal ferramenta de monitoramento do mercado formal de trabalho no Brasil, alimentada por informações dos sistemas eSocial, Empregador Web e Caged.


Inteligência Artificial sem alma humana: um risco calculado para a NR-1 e o bem-estar corporativo

Por João Roncati

O alerta é claro: no Brasil, um estudo da OMS estimou que quase R$ 400 bilhões anuais são perdidos devido a doenças mentais que resultam em baixa produtividade, afastamentos e uma rotatividade de pessoal que prejudica a cultura das empresas.

Em um cenário onde cada dólar investido em saúde mental retorna quatro em ganhos de produtividade e bem-estar, como também aponta a OMS, e onde empresas que negligenciam o tema podem ver seus custos com saúde aumentarem em até 20%, a inação se torna insustentável.

Neste contexto, a Inteligência Artificial (IA) surge como uma promessa de solução, uma ferramenta capaz de processar dados, identificar padrões e, quem sabe, prever crises. A IA está disponível, é fato. Mas será que ela, por si só, é o que sua empresa realmente precisa para endereçar a complexidade da saúde mental e cumprir as diretrizes da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece as disposições gerais do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO)?

A resposta é um sonoro “não”. A IA, nos estágios atuais é desprovida da inteligência similar a humana, da empatia e da capacidade de interpretação contextual. Por este motivo, pode se tornar uma ferramenta fria e ineficaz, gerando relatórios complexos que pouco ou nada contribuem para a construção de um ambiente de trabalho verdadeiramente saudável e seguro. A IA protagoniza uma excepcional possiblidade de ampliar a capacidade da liderança de atuar com este tema, como extensão analítica e aceleradora da coleta de informações. Portanto, complementarmente ao papel do líder.

A NR-1 exige que as organizações identifiquem perigos, avaliem riscos e implementem medidas de controle. Os riscos psicossociais, cada vez mais evidentes, são parte integrante desse escopo. E a liderança tem um papel insubstituível. Um gestor precisa planejar estrategicamente a integração de qualquer nova ferramenta, e com a IA não é diferente. Antes de implementar sistemas complexos, é fundamental questionar:

1. Qual o real problema em relação à saúde mental e riscos psicossociais?
2. Como a IA pode, especificamente, ajudar a entender e mitigar esses riscos?
3. Quais competências humanas (liderança, empatia, comunicação) é preciso fortalecer para que a IA seja um complemento, e não um substituto, da capacidade de cuidar das pessoas?

Tornar a utilização da IA mais humana significa, antes de tudo, colocar as pessoas no centro da estratégia. É usar a tecnologia para amplificar a capacidade humana de observação, diagnóstico e intervenção, e não para automatizar o descaso.

Uma empresa do ramo alimentício, consciente da pressão em suas linhas de produção, investiu maciçamente em programas de saúde mental. O diferencial? A criação de “agentes de saúde mental”, colaboradores treinados na linha de frente para oferecer escuta ativa, acolhimento e direcionamento, humanizando o suporte no local onde o estresse acontece. A tecnologia pode apoiar no mapeamento de áreas críticas, mas a intervenção é humana.

Da mesma forma, uma instituição financeira, conhecida pelo ambiente de alta pressão, implementou ações de mindfulness corporativo e outras iniciativas focadas no bem-estar. O resultado? Além da melhoria perceptível no clima organizacional, observou-se uma redução na sinistralidade do plano de saúde. A IA poderia identificar correlações, mas a decisão de implementar mindfulness e a forma de engajar os colaboradores partem da sensibilidade e estratégia da gestão.

A construção de um PGR eficaz, em total consonância com a NR-1, demanda um olhar atento aos riscos psicossociais. A IA pode fornecer dados, mas são as lideranças e os especialistas em RH, que desenharão as ações efetivas: programas de conscientização, canais de escuta seguros, treinamento de líderes para identificação precoce de sinais de sofrimento psíquico, e a promoção de uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio e o respeito.

A IA é uma ferramenta poderosa, mas sem a inteligência, a sensibilidade e a visão estratégica humana, ela não passa de um conjunto de algoritmos incapaz de promover a verdadeira mudança cultural necessária para proteger a saúde mental dos trabalhadores e cumprir, em sua plenitude, as exigências da NR-1. O futuro do trabalho saudável e produtivo reside na sinergia entre o potencial tecnológico e a insubstituível capacidade humana de cuidar.

*por João Roncati, CEO da People+Strategy- consultoria brasileira reconhecida e respeitada por seu trabalho estratégico com a alta liderança de grandes companhias. Mais informações em www.peoplestrategy.com.br


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Gestão de Processos – Histórico

Quais as Consequências da Transição da Sociedade Industrial Para a Sociedade da Informação? Quais os Impactos Provocados Pela Criação de Mega-Conglomerados a Partir de Fusões, Aquisições e as Alianças Entre Empresas? Quais os Principais Conceitos de Gestão de Processos de Negócios?

Por Julio Cesar S. Santos – Professor, Consultor e Jornalista

O processo de globalização inaugurou um novo e complexo tipo de relação entre a economia, o Estado e a sociedade. O ritmo crescente e acelerado das inovações tecnológicas e da telecomunicação remodelou a estrutura social e econômica, assim como as interações entre as instituições públicas e privadas e a sociedade. A transição de uma sociedade industrial para uma sociedade da informação que ocorreu ao longo de dezenas de anos está em processo de aceleração. Ou seja, cada vez mais mudanças estruturantes ocorrem em um período menor. Essas transformações também refletem as mudanças da passagem de modelos de produção mais rígidos e estáveis, como o modelo Fordista, para um método de gerenciamento mais flexível aos acontecimentos históricos que estão transformando o cenário mundial e a vida humana nos últimos anos. Esses fenômenos têm produzido, entre tantos outros impactos, o surgimento de novos modelos e dinâmicas organizacionais. A necessidade de eficiência, associada a ganhos de escala dados pela ampliação do mercado a níveis globais e somada a complexos modelos de logística, tem provocado a criação de mega-conglomerados a partir de fusões, aquisições e alianças entre empresas.

O melhor exemplo disso é o ramo alimentício, em que dez (10) grandes empresas são responsáveis pela maioria dos alimentos disponíveis nos supermercados. Mas, essa não é uma realidade apenas das empresas alimentícias: o fato é que são raros os setores que ainda não vivenciaram essas transformações. As empresas, em um contexto de maior competitividade, buscam concentrar esforços em torno de competências ou negócios centrais, abandonando ou contratando terceiros, ou ainda automatizando as atividades periféricas. Juntamente a essa mudança, também a sociedade em geral e os empregados das empresas passaram a ter maior poder dentro das organizações. Preocupações com o nível de emprego, a utilização de recursos naturais, a produção de dejetos, o aumento do tráfego, da poluição – entre outros – necessitam cada vez mais ser identificadas e, aliado a estes fatos, nos últimos anos tem-se discutido cada mais sobre a realidade virtual e a proteção de dados. Entre os impactos gerados pelas referidas mudanças, observam-se: 

  • Aumento do nível de exigência do consumidor
  • Formação de blocos econômicos
  • Abertura de fronteiras comerciais
  • Maior competitividade entre empresas
  • Declínio da influência do movimento dos trabalhadores
  • Aumento da população em face da maior expectativa de vida e novos padrões de consumo;
  • Adoção de métodos de gerenciamento flexível da produção, implicando padrões de relacionamentos diferenciados
  • Avanço das multinacionais e o surgimento das startups 
  • Aumento da concentração de renda
  • Automatização de atividades rotineiras
  • Empoderamento dos consumidores por meio das redes sociais
  • Crescimento da segmentação psicográfica do mercado
  • Enfraquecimento do Estado nacional.

OBSERVAÇÃO: A necessidade de identificação e atendimento das expectativas internas, dos stakeholders e, principalmente, dos clientes, torna-se condição necessária à sobrevivência das organizações atuais, tanto quanto a sua interação e adaptação às mudanças do cenário mundial. Adaptar-se às mudanças requer das instituições uma completa modificação na sua forma de atuação. Esta adaptação é igualmente necessária para os órgãos e entidades públicas.

A criação do conceito de valor público, que será abordado nas próximas seções, apresenta para os órgãos públicos alguns questionamentos sobre a importância, a necessidade e a razão de existir, provocando a busca de intensa atualização metodológica para atender às expectativas da sociedade para demonstrar eficiência, eficácia e efetividade. À evidência de que a evolução das organizações não depende apenas de adaptação às mudanças do ambiente externo, mas, sobretudo, da evolução do padrão de interação entre a organização e o meio, acrescenta-se ainda a ideia de que essa evolução depende da sua capacidade cognitiva e de gestão das contradições internas e da capacidade de entrega para a sociedade. Esses fatos tornam o cenário mais complexo e o desafio da transformação mais difícil. A restrição imposta pela crescente complexidade ambiental torna impossível conhecer e muito menos controlar as múltiplas variáveis que interferem nas organizações.

As constantes alterações somadas à transformação digital e a um mundo mais conectado são verdadeiros desafios para as organizações, uma vez que a velocidade de transformação do ambiente não é acompanhada pela capacidade das empresas de realizar melhorias e de se adaptar. Ademais, o pensamento estratégico e a capacidade dos atores organizacionais de se situarem nos contextos interno e externo apontam para a necessidade de rever conceitos, quebrar paradigmas, redefinir estruturas, melhorar processos organizacionais e mudar a forma de relacionamento com os stakeholders e a sociedade. Para fins didáticos, a literatura marca a evolução da gestão de processos ao longo do tempo através das mudanças organizacionais ocorridas em quatro momentos: Taylorismo, Fordismo, Pós-fordismo (administração flexível) e, por fim, os conceitos de Gestão de Processos de Negócios ou Business Process Management (BPM), surgidos nos anos 2000.

A) Taylorismo: Trata-se de um sistema de gestão desenvolvido nos EUA pelo economista e engenheiro mecânico Frederick Taylor (1856-1915) no final do século XIX. Em 1911, Taylor publicou sua monografia “Os princípios da Administração Científica”, inaugurando um novo modelo que visava solucionar problemas que sociedade industrial enfrentava na época, como conflitos constantes entre empregadores e empregados, baixa produtividade e ócio sistêmico. O sistema de Taylor buscava utilizar métodos científicos para analisar e tentar identificar o mais eficiente processo de produção para aumentar a produtividade. Sua filosofia básica, que teve como máxima a expressão “the best way” (a melhor forma), apresentava os seguintes princípios:

  • Selecionar os métodos baseados no método científico e não segundo empirismos: Ao invés de permitir que cada trabalhador tenha a liberdade de estabelecer a forma de completar a tarefa, o gestor deveria usar de métodos científicos para determinar a melhor forma – “the best way” – de terminar uma atividade.
  • Atribuir atividades aos empregados baseados em suas aptidões: Era comum distribuir as atividades aos trabalhadores de forma aleatória. Taylor propôs avaliar qual empregado era mais habilitado para determinada atividade e a atividade para aquele que era considerado o mais capaz para aquele trabalho e, posteriormente, realizaria um treinamento para que ele alcançasse o pico de eficiência.
  • Monitoramento constante da performance do trabalhador: Avaliar a eficiência do trabalhador e fornecer instruções adicionais quando necessário para garantir a produtividade.
  • Dividir adequadamente a carga de trabalho entre gerentes e trabalhadores: Os gerentes deveriam planejar e treinar, enquanto os trabalhadores deveriam implementar aquilo que foram treinados para fazer

Dessa forma, o modelo taylorista buscou ganhos de produtividade baseando-se na racionalização e no aproveitamento dos tempos e movimentos, e focava nas estruturas e nos processos, assim como em uma especialização excessiva. Ou seja, o trabalhador era treinado exaustivamente para executar determinada atividade. A padronização da produção, da tecnologia e do processo de trabalho eram incentivadas, o que gerava a necessidade do homem se adaptar à tecnologia. A divisão do trabalho não incentivava a comunicação e possuía uma hierarquia rígida e, com uma clara separação entre o planejamento da execução, o controle da qualidade era externo à produção. Por fim, a produtividade não era incorporada ao salário e as relações de trabalho não eram negociadas, fazendo do salário o único fator motivador. Após as guerras mundiais, o padrão de vida foi alterado significativamente. A democracia se consolidou e houve uma consequente mudança no comportamento dos trabalhadores. A partir de então, diversos pontos centrais do taylorismo foram questionados enquanto sistema de produção e gerenciamento. Esse momento de críticas abriu espaço para o surgimento de novos conceitos.

B) Fordismo: Surgiu a partir das ideias de Henry Ford (1863-1947) sobre a produção em massa e pode ser considerado um sistema de gestão complementar ao taylorismo, uma vez que manteve algumas de suas principais características, introduzindo as seguintes inovações:

  • Incorporação de ganhos de produtividade ao salário;
  • Divisão do trabalho horizontal (parcelamento de tarefas) e vertical (separação entre concepção e execução);
  • Intensificação da produção, com redução do estoque; 
  • Produção em massa de bens padronizados;
  • Preocupação com o bem-estar físico e mental dos trabalhadores;
  • Livre negociação de salários e de condições de trabalho; e
  • Outros incentivos motivacionais.

É importante salientar que, apesar de Ford ser mais conhecido como o criador da linha de montagem, uma de suas maiores contribuições aos sistemas de gestão é a ideia da produção em massa, que permitiu pela primeira vez a produção de carros populares em grande escala. Os automóveis da Ford eram produzidos não só a baixo custo, mas sobretudo voltados para um amplo mercado de consumidores. As relações salariais e a forma de gestão fordista fizeram parte dos anos dourados da economia mundial, que vão dos anos 1940 até a primeira metade dos anos 1970, quando a crise econômica gerou a necessidade do surgimento de novos estilos e práticas de gestão.

O enfrentamento da crise econômica obrigou as empresas a buscarem formas mais criativas de gerenciamento para fazer face à concorrência, surgindo, então, o novo modelo de gestão, conhecido como pós-fordista ou de administração flexível. Esse novo modelo se caracteriza por defender o princípio de que as organizações, particularmente as empresariais, precisam adquirir sensibilidade e capacidade de resposta, no curto prazo, para as alterações no ambiente externo, tais como a demanda dos clientes, as inovações tecnológicas e as novas formas de concorrência. Dentre as características do modelo de administração flexível, destacam-se: 

  • Melhoria da qualidade, da entrega e redução de custos;
  • Maior sensibilidade às condições de mercado (foco na satisfação das necessidades do cliente);
  • Proximidade com fornecedores (cadeia cliente-fornecedor);
  • Relação flexível entre homem e tecnologia (utilização de tecnologia para vantagem competitiva);
  • Adoção de políticas inovadoras de RH (trabalho em equipe, capacitação continuada, salários e condições de trabalho negociados de forma flexível);
  • Maior autonomia do trabalhador (participação no aumento da produtividade e na melhoria dos produtos);
  • Divisão de trabalho comunicativa;
  • Controle de qualidade durante o processo; e
  • Estruturas horizontais e menos compartimentalizadas.

Mas, com o avanço do paradigma da administração flexível, surge a preocupação com os padrões de qualidade nas organizações. A Gerência da Qualidade Total (GQT), que consolida e norteia as características desse paradigma, é uma filosofia de gestão que se desenvolve em meados dos anos 1950, primeiramente no Japão, com auxílio de William Edwards Deming (1900-1993) e Joseph Juran (1904-2008) e, posteriormente, na Europa e Estados Unidos. A implementação do novo sistema de gestão flexível tornou-se incompatível com a manutenção de estruturas do estilo tradicional, caracterizadas por uma forma de organizar o trabalho que considerava a organização como um sistema fechado, buscava definir comportamentos individuais e grupais e enfatizava o controle e a rígida subordinação hierárquica das pessoas. No enfoque contemporâneo, as estruturas são vistas como um instrumento gerencial, que se modifica de acordo com as dimensões internas e as condições ambientais. Ela é um arranjo arbitrário e momentâneo. Essa nova concepção destaca as seguintes características para as estruturas: 

  • Baseiam-se em processos e equipes de trabalho;
  • Utilizam intensivamente a TI;
  • Permitem flexibilidade de autoridade e responsabilidade;
  • Funcionam em rede;
  • Têm foco na demanda;
  • Possuem níveis hierárquicos reduzidos.

A evolução dos paradigmas acentua, cada vez mais, a perspectiva estratégica da organização em relação aos seus processos. Embora uma organização não prescinda da gestão de seus processos, ou seja, da definição, mensuração e monitoramento do conjunto de suas atividades – condição indispensável para que obtenha resultados efetivos -, a tendência atual é cada vez mais observar a inter-relação entre os diversos processos organizacionais de forma dinâmica e sistêmica. Nada impede que possamos, por exemplo, observar microscopicamente os processos da área de gestão de pessoas ou da área de logística, mas, quando os consideramos como sistemas em uma rede, a perspectiva é outra. Assim, a adoção de uma gestão estratégica por meio dos processos depende obviamente da maturidade das organizações. Algumas podem preferir migrar para um estágio intermediário de gestão por processos, em vez de adotar a opção plena. É importante que cada organização conheça seus processos essenciais para que ela possa priorizar os recursos para os processos, concentrar cada vez mais os esforços nos usuários e decidir sobre a estrutura mais adequada para a obtenção de melhores resultados.

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