Pedro Paulo Morales
Jornalista Digital

Recentemente, deparei-me com uma imagem intrigante nas redes sociais: um homem de terno e gravata, com seus diplomas e uma pasta executiva ao seu lado, recebendo esmolas de um robô. Essa cena provocou em mim uma reflexão profunda sobre o papel da inteligência artificial na vida humana.

A chegada da inteligência artificial e dos robôs deveria ser um marco para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos em nosso planeta. No entanto, ao que parece, essa transformação está apenas agravando os problemas sociais, ampliando a pobreza e minando a dignidade humana.

Antes de embarcarmos em um mundo repleto de avanços tecnológicos, seria essencial resolver os problemas que assolam nossa população, em vez de criar desafios. Infelizmente, com o avanço da robotização e da inteligência artificial, parece que estamos apenas alimentando o capital, em vez de garantir o bem-estar de todos.

No futuro, corremos o risco de nos depararmos com uma sociedade desprovida de consumidores, composta por seres humanos desorientados e emocionalmente desequilibrados. Não sou contrário ao progresso e às novas tecnologias, afinal, sempre me beneficiei delas. No entanto, questiono se vale a pena avançarmos para um futuro em que o ser humano se tornará cada vez mais ansioso, deprimido e temeroso.

Enquanto as novas tecnologias avançam a passos largos, parece que o ser humano está se afundando em um mar de incertezas, receios e inseguranças. É um cenário onde o medo de perder o emprego, de não acompanhar as mudanças e de não corresponder às expectativas da sociedade se tornam cada vez mais presentes.

Em última análise, corremos o risco de nos tornarmos meros espectadores em nossa própria existência. Será que realmente vale a pena seguirmos nesse caminho em direção a um futuro incerto e desafiador?

É hora de refletirmos sobre o verdadeiro impacto da inteligência artificial em nossas vidas e questionarmos se estamos seguindo na direção certa.

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