Ecossistemas de negócios digitais consolida Inteligência Artificial (IA) no pré-venda, enquanto empresas tradicionais ainda enfrentam gargalos, sobrecarregam vendedores e deixam ‘dinheiro na mesa’ por falta de estrutura e capacitação.

Enquanto a inteligência artificial tem transformado a jornada do pré-venda no ecossistema digital formado por infoprodutores e empreendedores que monetizam suas audiências em múltiplas plataformas online, muitos profissionais de vendas que atuam em setores tradicionais da economia ainda gastam horas do dia preenchendo planilhas, fazendo triagens manuais e lidando com contatos desqualificados. A verdade é que falta capacitação, sobra trabalho operacional. 

A pesquisa Panorama de Marketing Vendas 2024, realizada pela RD Station revelou que para 66% dos profissionais da área de vendas ter processos claros e bem definidos é a iniciativa mais importante para garantir resultados. No entanto, quase 70% responderam não ter de fato esses processos estabelecidos. E o gargalo, quase sempre, está no início da jornada: o pré-venda. Quando essa etapa é mal estruturada, o time comercial perde tempo com oportunidades de baixo potencial, os ciclos de venda se alongam e a conversão cai.

“Empresas que investem em tecnologia para o pré-venda conseguem filtrar melhor as oportunidades de negócio e entregar para os vendedores apenas os leads realmente qualificados. Isso reduz desperdício de tempo e aumenta o aproveitamento comercial. A IA aplicada desde o início da jornada permite que o esforço da equipe de vendas esteja focado em fechar negócios, não em fazer triagem ou qualificação manual”, afirma Yuri Barbosa, especialista em performance comercial e fundador da Full Sales System, empresa que estrutura processos de venda com foco em previsibilidade, agilidade e automação para negócios digitais em todo o país.

De um lado, vemos um número crescente de empresários apostando todas as fichas na economia digital e colhendo resultados expressivos com a ajuda da inteligência artificial. Do outro, muitas empresas brasileiras ainda operam com processos ultrapassados e enfrentam dificuldades para acompanhar essa transformação.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), cerca de 70% dos empregos no Brasil estão concentrados em setores com baixo conteúdo tecnológico, como o comércio físico e as indústrias tradicionais. Esses segmentos, em grande parte, ainda não digitalizaram seus processos e mantêm rotinas manuais, o que compromete a produtividade comercial. Esse cenário é especialmente evidente entre pequenos e médios negócios com baixa maturidade digital, que ainda não se estruturaram para captar e qualificar oportunidades de negócio de forma eficiente, permanecendo distantes dos modelos mais modernos de operação comercial. 

IA no pré-venda: um novo padrão de eficiência comercial

Em mercados altamente competitivos e digitalizados como os setores de educação, saúde, serviços recorrentes e negócios baseados em conteúdo e autoridade digital, a automação do pré-venda já deixou de ser tendência para se tornar padrão. A lógica é clara: quanto mais qualificado o lead desde o início da jornada, maiores são as chances de conversão nas etapas seguintes.

Estruturar o pré-venda com inteligência artificial e processos bem definidos não apenas acelera o ritmo de aquisição de novos negócios, mas também reduz o desperdício de tempo com contatos desqualificados. Em um país onde boa parte das empresas ainda opera com baixa produtividade e enfrenta dificuldades para modernizar suas estruturas, incorporar IA na base da jornada comercial pode ser a virada de chave para quem quer crescer de forma sustentável e se manter competitivo nos próximos anos.

Sobre Yuri Barbosa

Yuri Barbosa é mentor de vendedores e fundador da Full Sales System, empresa que estrutura processos de venda com foco em previsibilidade, agilidade e automação para negócios digitais em todo o país. O especialista capacita times comerciais para torná-los mais eficientes, utilizando a inteligência artificial como ferramenta de produtividade.

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