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A crise do propósito no trabalho e o impacto da Geração Z
20 de agosto de 2025
A saúde mental de quem perde o propósito no trabalho é mais frágil do que muitos imaginam. Quando as atividades diárias deixam de refletir valores pessoais, instala-se uma falha existencial que compromete a motivação e cria um ciclo silencioso: apatia, distanciamento emocional e, em estágios avançados, risco de depressão. Esse cenário exige ação imediata das lideranças e não pode ser tratado como um problema isolado do colaborador.
De acordo com o Top Employers Institute (2025), a geração Z já representa 27% da força de trabalho nas economias da OCDE (Organisation for Economic Co-operation and Development). Esse dado não é apenas estatístico, pois trata-se de uma geração que não resiste à ausência de sentido. Segundo a mesma pesquisa, o engajamento desse público depende de fatores como propósito, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e um ambiente saudável, elementos que, se ausentes, aceleram a desconexão e afetam a saúde mental.
Essa percepção é reforçada pelo Gen Z & Millennial Survey 2024 da Deloitte, que aponta que 89% dos profissionais da Geração Z e dos Millennials consideram o propósito essencial para satisfação no trabalho. Quando esse propósito está ausente, não é apenas a produtividade que cai, o bem-estar emocional também é comprometido, elevando os riscos de burnout e desmotivação crônica.
O especialista em comunicação entre gerações e o futuro do trabalho, Ricardo Dalbosco, explica que a crise do propósito não é uniforme entre todas as faixas etárias. “O Baby Boomer, que valoriza estabilidade, sente-se ameaçado pela mudança constante; já a Geração Z, que busca impacto e significado, se desliga rapidamente quando não encontra conexão entre suas tarefas e seu propósito de vida”, observa.
Segundo o Top Employers Institute, essa geração valoriza mais do que remuneração: quer liberdade criativa, alinhamento com causas e líderes capazes de gerar conexões genuínas. Ignorar essas necessidades significa não apenas perder talentos, mas também contribuir para o adoecimento mental de uma parte significativa da força de trabalho.
Para Dalbosco, combater a desconexão exige criar canais de comunicação intergeracional envolvendo três frentes:
- Diagnóstico das causas da desconexão, ouvindo as diferentes gerações.
- Programas intergeracionais que unam experiência e inovação.
- Ajuste das políticas de trabalho, oferecendo flexibilidade e significado às funções.
Dalbosco alerta que empresas que negligenciam essa pauta podem enfrentar aumento da rotatividade, queda de performance e elevação nos índices de absenteísmo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), problemas de saúde mental já custam à economia global cerca de 1 trilhão de dólares por ano em perda de produtividade, e a desconexão no trabalho é um dos fatores que contribuem para esse número.
A ausência de propósito no trabalho não enfraquece apenas carreiras, mas ameaça vidas. Com a Geração Z ampliando sua presença no mercado, reconectar o sentido do trabalho não é apenas uma estratégia de retenção de talentos, mas é um imperativo de saúde pública e um diferencial competitivo para organizações que querem liderar no futuro.
Artigo escrito por: Redação Ricardo Dalbosco
Palestrante referência em “Comunicação entre gerações” e o “Profissional do Futuro”, sendo estrategista de marca pessoal, destaque nacional e com experiência em projetar marcas pessoais de profissionais de sucesso de quatro continentes, além de marcas corporativas. É Doutor com foco em influência digital, escritor Best-Seller, conselheiro de empresas, vencedor de prêmios, além de colunista e consultado por diversas mídias de renome nacional e internacional. É o maior formador de LinkedIn Top Voices e Creators no Brasil, trabalhou em diversos lugares pelo mundo e é considerado o profissional de confiança de vários executivos, empresários e board members no país.
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