Empresas brasileiras falham em cumprir Lei da Aprendizagem e afetam jovens periféricos, revela estudo
São Paulo, julho de 2025 – Um estudo da Santo Caos e do Instituto da Oportunidade Social (IOS) revela que 80% das empresas brasileiras não cumprem a Lei da Aprendizagem, impactando diretamente a inclusão de jovens no mercado de trabalho. A pesquisa, intitulada “Jovens Periféricos no mercado de trabalho brasileiro”, analisou dados do Ministério do Trabalho e Emprego e evidenciou que ¼ das empresas fiscalizadas não contratam aprendizes.
Impacto econômico e social da não conformidade
O levantamento destaca que 1% das empresas são responsáveis por 47% das cotas não preenchidas, revelando uma significativa barreira para a inclusão dos jovens periféricos. O cumprimento das cotas poderia elevar em 10% o número de aprendizes em atividade, gerando oportunidades essenciais para esses jovens.
“A falta de cumprimento da lei compromete não apenas o futuro dos jovens, mas também o potencial econômico das empresas”, afirma Alecsandra Neri, gestora de Operações do IOS.
Além disso, as multas por não cumprimento da lei podem alcançar até R$ 133 milhões, um custo significativo para empresas de grande porte.
Desafios e expectativas da Geração Z periférica
O estudo também explora as percepções da Geração Z periférica sobre o mercado de trabalho. Entre os 2.154 jovens entrevistados, 42% buscam trabalho para ajudar financeiramente suas famílias, enquanto 30% desejam adquirir experiência profissional. Apenas 35% acreditam na meritocracia como caminho para ascensão profissional, refletindo o ceticismo quanto à equidade de oportunidades.
Perfil e aspirações dos jovens
A pesquisa detalha que a maioria dos jovens prefere vagas administrativas (63%) a operacionais (17%), indicando um desejo por cargos mais técnicos. O estudo envolveu jovens de diferentes classes sociais, destacando as disparidades de oportunidades entre eles.
Conclusão
O estudo “Jovens Periféricos no mercado de trabalho brasileiro” oferece uma visão crítica sobre os desafios enfrentados pelos jovens na periferia ao tentar ingressar no mercado de trabalho, destacando a necessidade de maior compromisso das empresas com a Lei da Aprendizagem.
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