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7 em cada 10 profissionais LGBTQIANP+ já deixaram de se candidatar a vagas por insegurança com a cultura das empresas, aponta pesquisa do Infojobs
1 de julho de 2025
Enquanto ações de diversidade perdem espaço globalmente, profissionais LGBT+ enfrentam desafios na busca por emprego
Sete em cada dez profissionais LGBTQIAPN+ no Brasil já deixaram de se candidatar — ou pensaram em desistir — de uma oportunidade de trabalho por não se sentirem seguros em relação à cultura da empresa. O dado, revelado em nova pesquisa do Infojobs (2025), site de empregos mais usado do país, escancara as consequências da pouca popularidade de ações de diversidade no mercado de trabalho atualmente. O resultado? Milhares de talentos desse grupo buscando por oportunidades.
A pesquisa, que ouviu mais de 800 profissionais, pertencentes ou não à comunidade, revelou alguns desafios significativos para as carreiras de pessoas LGBTQIAPN+ no mesmo ano em que políticas de diversidade têm perdido espaço dentro e fora das empresas, segundo os próprios participantes (51%).
“Nossa pesquisa mostra a soma de diversas questões, que culminam em um mesmo ponto desafiador e que deve ser transformado: a falta de espaço de profissionais LGBTQIAPN+ no mercado de trabalho atual. Seja na conquista de um emprego, no dia a dia de trabalho ou em oportunidades de reconhecimento e crescimento. De maneira geral, o que vemos é a diminuição de iniciativas de diversidade, importantes para trazer senso de pertencimento, segurança e oportunidades, aconselhamento e acolhimento”, afirma Ana Paula Prado, CEO do Grupo Redarbor Brasil, dententor do Infojobs. “Ainda que essas ações oficiais tenham sumido do calendário de muitas empresas, é preciso reforçar um ambiente de pertencimento que acolha também esses talentos em cada etapa da jornada, e essa deve ser uma responsabilidade de todos.”
A pesquisa mostra ainda que 72,7% dos profissionais LGBTQIAP+ já sofreram algum tipo de preconceito no ambiente de trabalho, seja de forma direta ou indireta. Para 64% das vítimas, essas situações aconteceram mais de uma vez. Esse tipo de acontecimento, além afastar os profissionais de suas equipes, lideranças e dos espaços de trabalho, frustra o profissional e têm impacto tanto pessoal quanto profissional, inclusive na performance, tornando inviável muitas vezes que o profissional continue na empresa por muito tempo.
Para além do constrangimento, esse tipo de situação pode causar uma mudança no perfil e comportamento do profissional. Segundo o levantamento, 60,5% dos profissionais LGBTQIAPN+ afirmam se sentirem mais seguros trabalhando sozinhos do que em equipe ou em espaços compartilhados. “O isolamento infelizmente pode ser a estratégia de proteção quando o profissional não se sente acolhido”, analisa a CEO, e continua:
“A integração dentro da equipe e da empresa é um pilar fundamental para o sentimento de pertencimento e o desenvolvimento profissional. Embora exija um trabalho de conhecimento, conscientização e até revisão das políticas internas que deve ser realizado e transmitido por parte das lideranças, esse acolhimento e sinergia também são responsabilidades da própria equipe como indivíduos. Sem ela se torna muito mais difícil o desenvolvimento profissional e o trabalho em equipe fica totalmente comprometido. Quando o ato de se integrar com outras pessoas é o próprio obstáculo, é sinal de que precisamos dar atenção às mudanças necessárias no ambiente”.
De um lado, 56% dos respondentes disseram que as empresas onde atuam ou atuaram nunca tiveram ações afirmativas de diversidade e 66% afirmam que não existem treinamentos adequados de inclusão. Do outro, 44% do total de participantes afirmaram não conhecer nenhum profissional LGBTQIAPN+ que consideram como inspirações e 14% afirmaram conhecer apenas um.
Tecnologia como aliada da diversidade
Em meio a tantos desafios, a pesquisa aponta uma luz no fim do túnel — e ela está nos algoritmos. Para 61,3% dos entrevistados, os processos seletivos digitais — mais imparciais e baseados em dados — são o caminho para contratações mais diversas e inclusivas.
Para os profissionais, um caminho além das vagas afirmativas é tornar os processos de contratação baseado nas habilidades e conexão entre candidatos e empresas, como as contratações digitais já possibilitam.
“Devemos aproveitar a tecnologia, as IAs e as novas ferramentas como caminhos para uma diversidade mais sólida, mas também fornecer um ambiente saudável para essas pessoas depois da contratação.”, pontua a CEO do Infojobs, que conclui:
“A solução deve ser plural. As empresas precisam estar abertas e determinadas a incluir de fato profissionais de todos os grupos sociais, fornecendo um ambiente seguro e confortável para todos. Enquanto que, cada pessoa, deve pegar para si a responsabilidade de integrar seus colegas de trabalho, auxiliá-los no novo ambiente e manter a ética profissional de respeito.”
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