Banco Central suspende instituições do Pix após ataque cibernético

Banco Central suspende instituições do Pix após ataque cibernético

Três instituições financeiras foram desconectadas do sistema Pix por suspeita de envolvimento em ataque à C&M Software.

Suspensão preventiva

O Banco Central (BC) tomou uma medida drástica ao suspender cautelarmente três instituições financeiras do sistema Pix. A Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay foram as empresas afetadas pela decisão, após suspeitas de terem recebido recursos desviados durante o ataque cibernético à C&M Software.

Investigação em curso

O BC investiga se as três instituições têm ligação com o ataque, que resultou no desvio de pelo menos R$ 400 milhões, conforme confirmado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A suspensão, que pode durar até 60 dias, está prevista na Resolução 30 do Banco Central, de outubro de 2020. Esta medida visa proteger a integridade do sistema de pagamentos enquanto as investigações prosseguem.

Reações das empresas

A Transfeera, uma sociedade de capital fechado autorizada pelo BC, confirmou a suspensão do Pix, mas enfatizou que seus outros serviços permanecem operacionais. “Nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana e estamos colaborando com as autoridades para liberação da funcionalidade de pagamento instantâneo”, afirmou a empresa em nota.

Já as fintechs Soffy e Nuoro Pay, que participam do sistema instantâneo de transferências através de parcerias, não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.

Detalhes do ataque

Na última terça-feira, um sofisticado ataque virtual aos sistemas da C&M Software, prestadora de serviços tecnológicos para o setor financeiro, desviou fundos das contas de reserva dos bancos no BC, convertendo-os em criptomoedas. A C&M, que não lida diretamente com transações financeiras, conecta diversas instituições ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

A Polícia Federal, a Polícia Civil de São Paulo e o Banco Central estão à frente das investigações. Em um comunicado, a C&M garantiu que nenhum dado de cliente foi comprometido.

Prisão de envolvido

Nesta sexta-feira, a Polícia Civil de São Paulo prendeu um funcionário da C&M sob suspeita de facilitar o acesso dos criminosos aos sistemas da empresa. O acusado confessou ter recebido R$ 15 mil para fornecer as credenciais de acesso e criar um sistema de acesso para os hackers.

Com informações da Agência Brasil

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Redação FG

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