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Havaianas no Olho do Furacão: Entenda a Polêmica que Divide as Redes e Impacta a Bolsa

As sandálias Havaianas, símbolo da identidade brasileira e presença garantida em quase todos os lares do país, tornou-se o centro de uma tempestade política e econômica neste final de 2025. O que começou como uma peça publicitária para celebrar o Ano Novo transformou-se em um cabo de guerra ideológico com reflexos diretos no mercado financeiro.

Mas, afinal, o que aconteceu para que o chinelo mais famoso do mundo virasse alvo de boicote?

O Estopim: “Sem o pé direito”

A polêmica começou com o lançamento da campanha de fim de ano estrelada pela renomada atriz Fernanda Torres. No vídeo, a atriz faz um jogo de palavras com a superstição de “entrar no ano com o pé direito”.

A frase que gerou a discórdia foi:

“Eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Eu quero que você comece com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na jaca, os dois pés na estrada.”

A intenção criativa, segundo especialistas em marketing, era incentivar a intensidade e a coragem para o novo ano. No entanto, em um Brasil ainda fortemente polarizado, a interpretação tomou outro rumo.

De Propaganda a Manifestação Política

Setores da direita política interpretaram a fala como uma indireta ideológica. O argumento é que a frase “não começar com o pé direito” seria um ataque subliminar ao campo da direita, visando as eleições de 2026.

A escolha de Fernanda Torres — que possui posicionamentos progressistas conhecidos — serviu de combustível para a narrativa. O resultado foi imediato:

  • Viralização de Boicotes: Vídeos de usuários jogando as sandálias no lixo ou cortando as tiras inundaram as redes sociais.
  • Pressão Digital: A hashtag de boicote à marca alcançou os trending topics.

O Impacto no Bolso: A Queda na B3

Diferente de outras polêmicas de internet que morrem em 24 horas, esta chegou ao pregão da Bolsa de Valores. Nesta segunda-feira (22 de dezembro), as ações da Alpargatas (ALPA4) registraram queda superior a 3%.

Para os investidores, o temor não é apenas a ideologia, mas o risco reputacional e o impacto nas vendas de Natal e Réveillon — o período mais lucrativo para a marca. Embora a empresa tenha apresentado lucros sólidos ao longo de 2025, o mercado reage com cautela a qualquer instabilidade que possa afastar o consumidor fiel.

Publicidade ou Ativismo?

O caso das Havaianas levanta uma questão antiga no marketing moderno: até onde as marcas devem ir na criatividade?

Enquanto críticos falam em “doutrinação”, defensores da marca alegam que a reação é desproporcional e que o público está transformando um recurso linguístico comum em uma batalha cultural sem fundamentos técnicos.

O que esperar agora?

Até o momento, a Alpargatas tem mantido uma postura discreta, mas a pressão para uma nota oficial ou a retirada total da campanha aumenta a cada hora. O desfecho dessa história dirá muito sobre como as grandes corporações brasileiras vão se comportar em um ano eleitoral que se aproxima.

E você, o que achou da propaganda? Viu uma mensagem política ou apenas um trocadilho de fim de ano? Deixe sua opinião nos comentários.

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