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Jovem de Fortaleza é reconhecido por ONG internacional
4 de julho de 2025Estudante criou coletivo que conecta jovens da periferia a oportunidades educacionais e profissionais

Foto Divulgação
A Ashoka, maior rede mundial de seleção de projetos de impacto social desenvolvidos por jovens para suas comunidades, reconheceu o estudante Nicholas Diniz de Holanda, de Fortaleza, como Jovem Transformador 2025 pela criação do Grupo Delfos, coletivo voltado à democratização do acesso à informação entre estudantes de escolas públicas.
Nicholas, de 20 anos, é estudante de Letras – Língua Portuguesa na Universidade Federal do Ceará (UFC) e vive no bairro João XXIII, uma das muitas periferias da capital cearense. Ele recebeu o reconhecimento durante o Festival LED, no Rio de Janeiro, onde apresentou sua iniciativa a parceiros da Rede Ashoka ao lado de outros jovens, entre 15 e 19 anos, que também foram reconhecidos pela organização. A partir de agora, ele passa a integrar a rede internacional da ONG.
Filho de mãe solo, Nicholas começou sua trajetória de liderança ainda no ensino médio, ao participar do programa Jovens Empreendedores do Sebrae e presidir o grêmio estudantil de sua escola. Nessa época, apoiou colegas na busca por cursos, bolsas e até na emissão de seus primeiros títulos de eleitor. Aos 17 anos, foi selecionado para o programa Bolsa Jovem, da Prefeitura de Fortaleza, e passou a se dedicar ao enfrentamento da falta de informação que afeta tantos adolescentes da periferia.
Foi dessa inquietação que nasceu o Grupo Delfos, coletivo que reúne estudantes com o objetivo de tornar informações sobre editais, prazos e oportunidades mais acessíveis. Hoje, o grupo conta com oito integrantes remunerados e atua com o apoio de voluntários, promovendo ações nas escolas, oficinas, clubes de leitura e conteúdos nas redes sociais. A base do trabalho é a Escola Estadual Heráclito de Castro e Silva, mas a atuação já se expandiu para outras regiões da cidade.
Além de fundar e coliderar o coletivo, Nicholas também atua como educomunicador e já integrou a equipe de cobertura do G20 Social, no Rio de Janeiro. Atualmente, participa de grupos de pesquisa na UFC com foco em educação e impacto social. Ele e sua equipe também desenvolvem parcerias com organizações como a RUMA e a própria Ashoka, aprofundando o alcance e a consistência do trabalho.
Para os próximos anos, o Grupo Delfos pretende ampliar sua atuação com a criação de um programa de mentoria para estudantes da rede pública, fortalecendo vínculos com escolas e coletivos de outros territórios. A ideia é seguir transformando o acesso à informação em uma ferramenta real de mudança.
“Acredito que transformações duradouras são coletivas. Por isso, aposto em uma estrutura de coliderança, na qual todos participam das decisões e se reconhecem como agentes de mudança”, afirma Nicholas. Seu sonho é formar uma ampla rede de colaboração entre jovens da periferia para que cada um possa escrever sua própria história, com dignidade, oportunidade e voz.
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