Estudo aponta aumento do uso de substâncias no ambiente de trabalho

O uso de drogas durante o expediente preocupa empresas e especialistas em saúde ocupacional. Segundo pesquisa da Ohio State University, cerca de 9% dos adultos na faixa dos 30 anos admitem consumir álcool, maconha ou até cocaína antes, ou durante o trabalho. O levantamento, realizado entre 1997 e 2022 com mais de 5 mil entrevistados, alerta para riscos como acidentes, afastamentos e queda de produtividade.

Somente em 2022, 525 mortes em acidentes de trabalho foram associadas ao uso de álcool ou drogas – oito vezes mais do que em 2012. Lesões causadas por essas substâncias resultam em afastamentos médios de 11 dias e custos que podem chegar a US$ 1.600 por trabalhador.

O consumo é mais frequente em setores como alimentos, eventos, cargos de liderança e profissões de risco, incluindo construção civil e transporte. Nessas áreas, 6% dos profissionais relataram uso de substâncias durante o expediente.

Apesar do cenário, 20% das empresas ainda não têm políticas claras sobre o tema, especialmente entre pequenos negócios. Especialistas defendem que, além da proibição, é preciso investir em triagem, apoio psicológico e ações educativas. Segundo Sehun Oh, responsável pelo estudo, combinar medidas disciplinares com programas de apoio é o caminho mais eficaz para promover saúde e segurança no trabalho.

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